Bancários devem começar uma mobilização nacional nesta quinta-feira, com atos em Porto Alegre e outras capitais, para protestar contra o projeto de lei 4.330, que regula a contratação de mão de obra terceirizada. O protesto poderá resultar em paralisações de agências enquanto os trabalhadores estiverem na rua, alerta o Sindicato dos Bancários (SindBancários) de Porto Alegre.

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A categoria irá se concentrar por volta das 10h, na Praça da Alfândega, no Centro. O plano é seguir em caminhada até a Esquina Democrática. As manifestações são preparatórias à greve convocada para o dia 11 de julho, em todo o país.

Nesta quarta-feira, em reunião com representantes das centrais sindicais, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), decidiu retirar o projeto da pauta de votação. Com a retirada, as centrais ganham tempo para negociar e discutir a tramitação do texto.

– A mobilização prossegue porque ocorreu apenas um adiamento, e não um arquivamento. Essa votação já foi adiada antes – disse o presidente do SindBancários, Mauro Salles.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical e outras centrais também contestam o projeto. O entendimento é de que a proposta não favorece os mais de 10 milhões de trabalhadores terceirizados do Brasil, além de ameaçar os direitos dos 45 milhões de empregados formais.

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A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) não quis se manifestar sobre a movimentação dos bancários e os efeitos do PL 4.330. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) se mostrou preocupada. Ressaltou que a economia moderna não pode prescindir da terceirização. No entanto, a gerente-executiva de relações do trabalho da CNI, Sylvia Lorena, disse que a falta de regulamentação gera “enorme insegurança jurídica”.