Um grupo de cerca de 150 agricultores familiares protestam na manhã desta quarta-feira e deixam o trânsito lento na SC-401, em frente ao Centro Administrativo do Governo de Santa Catarina.

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Segundo a Polícia Militar Rodoviária (PMRv), os manifestantes não bloquearam a rodovia, apenas a entrada de veículos no Centro Administrativo. O trânsito lento seria em função dos curiosos que passam pelo local.

Segundo o coordenador Estadual da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul (Fetraf-Sul), Alexandre Bergamin, o ato é para cobrar do governador Raimundo Colombo o pagamento das indenizações de terras da cidade de Bandeirante, no Extremo-Oeste.

– Três famílias aceitaram vender a terra em 2012 e ainda aguardam o pagamento da indenização – disse Bergamin.

O coordenador disse ainda que o pagamento dos R$ 10 milhões, que seria parcelado, ainda não foi pago. O valor é referente à terra de 7,9 milhões de metros quadrados que será área indígena.

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O governador Raimundo Colombo está em Brasília e participa às 14h30min de uma reunião com o assessor especial do Ministro da Justiça Marcelo Veiga. Uma das pautas do encontro será sobre as indenizações.

A manifestação também é contra a demarcação de terras indígenas em Cunha Porã e Saudades, no Oeste de SC. Agricultores que estão em uma área de 2,721 hectares teriam que sair do local.

– Vamos ficar aqui até que o governador nos atenda – disse o presidente do sindicato dos trabalhadores rurais de Cunha Porã, Gilmar Ceccon.

O ato é promovido pelo Movimento de Defesa da Propriedade, Dignidade e Justiça Social de Cunha Porã e Saudades com o apoio da Fetraf-Sul e da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina (Fetaesc).

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No dia 6 de novembro agricultores fizeram uma manifestação contra a demarcação de terras indígenas em áreas pertencentes a agricultores familiares. Tratores e outros maquinários agrícolas bloquearam o trânsito na SC-283 nas duas cabeceiras da ponte sobre o rio Irani entre os municípios de Arvoredo e Chapecó.