Cerca de 150 pessoas participaram do protesto contra o lançamento de esgoto em mangue e rios no norte da Ilha de Santa Catarina, em Florianópolis. A manifestação começou por volta das 9h30min deste sábado e durou cerca de uma hora e meia, terminando às 11h. Além das associações de moradores que já apoiavam a causa, pelo menos outras quatro entidades se uniram ao grupo, entre elas a de Canasvieiras e Ingleses.
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Um dos envolvidos na mobilização, João Manoel do Nascimento, representante da União Florianopolitana das Entidades Comunitárias (Uceco) no Conselho Municipal de Saneamento Básico, classificou a ação como positiva.
— Diferente do ano passado, quando fizemos a mobilização ao lado da praia, o que acabou atraindo mais gente, dessa vez fizemos antes do Centro de Canasvieiras, bem próximo ao Rio Papaquara mesmo. Então, logicamente tinha menos gente, mas ainda assim, foi muito bom, apesar do calor — conta João ao pontuar que não é o líder do movimento, mas sim um dos defensores da causa.
O representante da Uceco ainda comemora a decisão da Justiça, na última quinta-feira, autorizando o encaminhamento a perícia da água do Rio Papaquara. João explica que, após o resultado da análise, que ainda deve demorar pelo menos 60 dias entre a finalização do processo de autorização e execução, poderá ser constatado de quem é parte da responsabilidade pela poluição do local, além das origens da degradação.
João volta a resgatar o caso similar que ocorreu com o Rio do Brás, episódio considerado já superado pela ação dos órgãos públicos, quando as residências que estavam irregulares foram normalizadas, melhorando consideravelmente a situação do local.
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Durante a tarde deste domingo, a reportagem tentou contato com outros representantes do movimento, como da Associação de Moradores de Ratones e também do Conselho Comunitário do Rio Ratones, mas ninguém foi localizado para comentar o protesto.