A manifestação contra o aumento no preço das passagens de ferry boat em Navegantes prevista para ontem foi cancelado por conta do mau tempo. Segundo a organização do protesto, a ação ocorrerá na próxima terça-feira, dia 8.

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Moradores que não concordam com o reajuste de quase 9%, que está em vigor desde domingo, tinham programado uma atividade na praça em frente ao terminal do ferry boat do Centro. A intenção era chamar a atenção de quem passava pela travessia entre Itajaí e Navegantes no horário de pico do transporte, por volta de 18h.

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A mobilização iniciou pela internet por um grupo de amigos e de acordo com um dos idealizadores, o advogado Cirino Adolfo Cabral Neto, ganhou corpo através do Facebook. A proposta é deixar que cada participante se expresse da forma que preferir, desde que de maneira pacífica e sem atrapalhar a travessia.

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_ Em um momento econômico complicado que vive o país achamos um absurdo este reajuste. Não foi apresentado nenhuma planilha ou índice que justificasse o aumento de tarifas _ argumentou.

Segundo Cirino, além das passagens mais baratas, os manifestantes também reivindicam balsas menos poluentes, embarcações novas e mais confortáveis para os usuários, prestação de contas dos gastos e receitas da empresa da Navegação Santa Catarina, que gere as travessias no Centro e na Barra do Rio, e melhores condições de trabalho aos funcionários.

Além de ir para a rua, o advogado conta que também enviou e-mail para alguns deputados estaduais sobre o tema. Ele pede que os parlamentares se posicionem junto ao Departamento de Transportes e Terminais (Deter) contra o reajuste de quase 9% que está em vigor desde domingo.

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Para empresa, reajuste foi abaixo do ideal

O reajuste concedido pelo Deter não atendeu às expectativas da empresa Navegação Santa Catarina. Segundo o diretor Diogo Hasse Weible, os valores estão abaixo da inflação e do aumento de insumos.

Ele afirma que entre 2008 e 2015, quando três reajustes foram concedidos na tarifa do ferry boat, os gastos com folha de pagamento subiram 179%, enquanto o óleo diesel teve aumento de cerca de 44%. De acordo com Diogo, nesse período o aumento repassado aos usuários ficou na faixa de 20%.

Weible também diz que a empresa tem feitos investimentos como a aquisição de três novas embarcações e a construção de dois terminais. Com relação às planilhas de gastos e receitas, elas são repassadas apenas para o Deter. O diretor garante que não há obrigação por parte da empresa de informar esses indicadores à população.

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Valores

Centro

Automóveis: subiu de R$ 7,20 para R$ 8

Motocicletas: subiu de R$ 1,80 para R$ 2

Pedestres: subiu de R$ 1,20 para R$ 1,30

Barra do Rio

Automóveis: subiu de R$ 6 para R$ 6,50

Motocicletas: subiu de R$ 1,80 para R$ 2

Pedestres: subiu de R$ 1,20 para R$ 1,30