O dia de mobilizações contra os cortes de recursos na Educação iniciou às 10h em Chapecó, com uma aula pública na praça Coronel Bertaso. O professor da UFFS e Doutor em Geografia Willian Simões fez uma reflexão a partir do tema "Por que defender a Educação Pública?"
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— Temos mais de 40 milhões de pessoas na educação básica no país e, na UFFS, dos 7,8 mil alunos, 90% são oriundos de escolas públicas. A educação pública é muito importante para o acesso das classes menos favorecidas ao ensino – destacou.
Somente a UFFS terá um corte de mais de R$ 16 milhões em recursos caso seja confirmado o corte de 30% anunciado pelo Ministério da Educação. Isso vai afetar a compra de livros e equipamentos, por exemplo. Um dos coordenadores do Sindicatos dos Docentes da UFFS (Sinduffs), Ricardo Machado, disse que há uma preocupação com o impacto dessas medidas sobre o ensino público.
— O que nos preocupa é esse discurso contra a universidade pública, principalmente contra a área de ciência humanas. Estamos aqui para defender o ensino público – destacou.
Ele afirmou que tanto os professores, quando servidores e estudantes decidiram de forma autônoma uma paralisação nesta quarta-feira para participação nos atos.
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Representantes do IFSC da região, estudantes e sindicatos como, Sinte, Sitracarnes e Fetraf também participaram do ato pela manhã, que reuniu cerca de 200 pessoas.
Além da aula pública, à tarde houve uma mateada e depois caminhada até a Gerência Regional de Educação.
– A gerência representa o governo estadual e o governo federal.Estamos todos unidos contra a retirada de recursos, a perda de direitos e também contra a Reforma da Previdência – disse a coordenadora regional do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado (Sinte), Zigue Timm.
A mobilização encerrou com um ato que reuniu estudantes também de universidades comunitárias, que reuniu cerca de duas mil pessoas, segundo os organizadores.
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Em Xanxerê houve uma manifestação das 14h às 16h, que começou na Praça Tiradentes e prosseguiu com uma passeata por algumas ruas da cidade.
Em São Miguel do Oeste houve concentração na praça Belarmino Anonni e passeata por algumas ruas da cidade. Cerca de mil pessoas participaram do ato, segundo a organização, que contava com integrantes do IFSC e apoio de outras instituições de ensino e sindicatos da região.