Estudantes, professores e pesquisadores realizaram nesta quinta-feira um ato de protesto contra os cortes de verba da educação durante a 42ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química (RASBQ), realizada na Expoville, em Joinville.
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Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Química, Norberto Peporine Lopes, cerca de 1,5 mil pessoas que participam do evento aderiram ao ato. O diretor da entidade explicou que a manifestação foi contra "os ataques que as universidades públicas vem recebendo no Brasil".
— Nossa maior preocupação é que o ensino e a pesquisa são programas de uma nação e não uma política de governo. Nós estamos observando uma discussão politizada com tendência ideológica sobre a função das unidades, enquanto isso não deveria ser pauta da esquerda ou da direita. O ensino é um patrimônio brasileiro — explicou.
Lopes também afirmou que o evento está sendo realizado para mostrar tudo o que houve de avanço no campo da química, tanto na área de ensino e pesquisa, quanto na produção de novos produtos para a população. Segundo ele, foi discutido durante o evento que um país que deixa de investir ou sinaliza que a educação não é prioridade passa a ser desinteressante para grandes empresas.
— Passa a não ser interessante para elas manterem suas plataformas produtivas no Brasil. Se o país não investir nessa área, não tem pessoal para trabalhar e com isso as grandes empresas vão procurar outro país para investir — resumiu.
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Durante a tarde, também houve um protesto de estudantes de instituições federais na praça da Bandeira, no Centro de Joinville. A manifestação também foi contra os cortes de verba para a educação no país.