A prefeitura de Blumenau vai notificar uma administradora de bens proprietária de um terreno às margens da Via Expressa, que foi ocupado por ciganos. A medida foi tomada após o incidente registrado neste domingo, que acabou gerando uma confusão no trânsito de Blumenau.

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Segundo o secretário de Desenvolvimento Social de Blumenau (Semudes), Oscar Guilherme Grotmann Filho, este grupo ocupava a área onde fica o monumento feito pelo artista Guido Heuer. Uma ação da equipe da Semudes retirou os ciganos do local, mas eles migraram para este terreno de propriedade privada. Para o secretário o episódio deste domingo acende um alerta.

– Nós fizemos o trabalho preventivo junto ao Centro Pop, com uma abordagem social. O trabalho de orientação é feito, mas eles não querem nenhum serviço que oferecemos – afirma Grotmann.

A Polícia Militar entende que até o momento este caso é isolado e que não há necessidade de fazer um trabalho ostensivo, além das rondas. De acordo com o tenente-coronel Jefferson Schmidt, comandante do 10º Batalhão da PM, sempre que houver alguma ocorrência os PMSs vão fazer sua atuação, a não ser se tiver uma grande incidência.

– Se as ocorrências no local se tornarem recorrentes, aí sim vamos acionar outros órgãos e tomar outra atitude – completa.

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A Semudes informou que a notificação vai informar das ocorrências registradas no local, ocupação irregular e solicitar providências do proprietário do imóvel. Se necessário, a secretaria poderá solicitar apoio policial para fazer a abordagem.

– Nossa função é social e não de polícia, atuamos pra verificar as necessidades dessas pessoas, verificar se há menor em estado de abandono. Cabe aos proprietários se manifestar em 10 dias – completa.

Procurado pela reportagem, o proprietário do imóvel disse que há uma semana teve o seu terreno invadido. Ele entrou com uma ação de despejo na tarde desta segunda-feira para retirar os ciganos do local.

– Fui orientado pela PM que só com uma ação de despejo para tirar o pessoal do terreno. Agora estou gastando com o processo pra retirar o pessoal de um local que é meu – reclama o proprietário do terreno que não quis se identificar.

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O dono diz que o local tinha cerca e portão, que foram arrancados. Depois da retirada dos ciganos, o empresário afirma que vai fechar o local para evitar novas invasões.