A volta às aulas presenciais em universidades e o retorno de forma escalonada das atividades em escolas são vistas com ressalvas pela comissão de educação da Alesc. Com o aumento do número de casos de coronavírus em Santa Catarina, a presidente da comissão, deputada estadual Luciane Carminatti (PT), avalia que não é o momento para esta retomada.
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– Conheço a rede pública, não temos salas de aulas suficientes para fazer divisão de turma, refeitórios são pequenos. Muitos dos professores são do grupo de risco (para o coronavírus). Acende uma luz amarela, nos preocupa muito – afirmou em entrevista ao Notícia na Manhã desta sexta-feira (3).
Uma portaria do governo do Estado autoriza a volta das aulas presenciais nas universidades com regras, para os cursos de graduação e pós-graduação dos estabelecimentos públicos e privados a partir da próxima segunda-feira (6).
Em entrevista à CBN Diário, o secretário Natalino Uggioni informou que a retomada das aulas presenciais nas escolas de Santa Catarina a partir de agosto pode ser feita de maneira escalonada. A secretaria de Estado da Educação planeja uma volta gradual, dividindo os estudantes em grupos.
– A volta das aulas em 3 de agosto coloca em risco a própria família, pessoas de mais idade em casa, acamados, com comorbidades. Olho com muita preocupação essa volta uma vez que escolas não existem sem aglomerações – ponderou Carminatti.
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Conforme Carminatti, atualmente, outro desafio da educação catarinense é a falta de recursos para incrementar o ensino remoto.
– Precisamos de incremento na educação. Muitos estudantes não têm acesso a mídias digitais. Municípios e estados estão com dificuldades de fazer aquisição para escolas. Precisamos de recursos financeiros para estender o ensino remoto – afirmou.