A ideia de uma taxa global sobre bancos ganha força no G7, o grupo dos países mais ricos. Mas não há ainda uma indicação sobre como o novo imposto poderia ser cobrado. Na reunião do G7 realizada no norte do Canadá, ministros de finanças deram seu aval à ideia, depois que o governo de Barack Obama apresentou a proposta.
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A meta do G7 é ter um plano claro de como seria a taxação antes da reunião do G20, em meados do ano. Em julho, então, os países emergentes, entre eles o Brasil, seriam apresentados à uma proposta que seria válida para todos.
A proposta é de que a taxa financie os custos os que governos tiveram para salvar a economia mundial de um colapso, desde setembro de 2008. Dados oficiais indicam que o mundo gastou mais de 5% do Produto Interno Bruto apenas para salvar os bancos.
Por enquanto, a única decisão dos ministros foi a de encomendar um estudo para tentar viabilizar a imposição da taxa. Segundo o G7, deve haver pelo menos duas condições para a implementação do imposto: a primeira é ter uma coordenação internacional, e a segunda, a de que a taxa não signifique um novo obstáculo para a recuperação da economia mundial.
“No geral, ficou acordado que bancos terão de pagar pelo custo da crise”, afirmou o ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble.
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Christine Lagarde, ministra francesa, insistiu que a taxa teria de ser “universal” para evitar que bancos escapem do imposto indo para outros países ou que bancos de economias sem impostos acabem sendo mais competitivos.