A segunda-feira deve marcar uma nova página na história do Hospital Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Neste dia, a partir das 7h, as portas do Pronto Atendimento estarão novamente abertas para atender o público, desta vez, definitivamente.

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Pelo menos essa é a promessa da diretoria da unidade, prefeitura e Estado. O abre e fecha do hospital se arrasta desde 2007, porém, desta vez, novos acordos foram firmados para garantir que o lugar não deixe os gasparenses sem atendimento do dia para noite.

– Já deu certo! –

A resposta da diretora administrativa do hospital, Maria Bernadete Tomasoni, sobre a reabertura é otimista e direta. A expectativa de dias melhores está baseada em duas situações: além de ter garantido o repasse mensal pelo município de R$ 233 mil, para a prestação dos serviços de urgência e emergência, o hospital fechou contrato com a Coper-Vida, empresa especializada em gestão hospitalar, que vai coordenar a administração da unidade de saúde.

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Para a diretora, a parte mais importante da chegada da nova parceira do hospital é a vinda de médicos. Um dos argumentos usados pela diretoria do hospital para fechar o Pronto Atendimento, em 17 de fevereiro, era a falta de profissionais na emergência.

– Tínhamos dificuldades em encontrar profissionais que aceitassem trabalhar aqui, diante do descrédito que se criou. Esta é a parte mais importante deste contrato – explica.

A diretora explica que a manutenção do Pronto Atendimento está garantida, mas há um outro problema. Uma dívida de R$ 6,5 milhões que a unidade acumula com impostos e fornecedores. Uma das causas do problema seria o baixo valor pago pelo Sistema Único de Saúde (SUS) pelos serviços prestados.

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Apesar de ser particular, 85% do atendimento do Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é de pacientes do SUS. Nos 48 dias em que esteve aberto este ano, 3.109 pessoas foram atendidas no P.A.

Para evitar um novo fechamento, o hospital conta com a ajuda do Estado. Segundo o secretário de Estado de Desenvolvimento Regional, Lúcio César Dib Botelho, uma ajuda de custeio de R$ 1,8 milhão foi aprovada e será repassada ao hospital.

– Estamos estudando de que maneira este valor será repassado. Provavelmente, ele será parcelado conforme a necessidade da unidade. O importante é que todos estamos trabalhando em conjunto para solucionar o problema – argumenta.

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Antes de começar a receber o valor, o hospital terá de prestar contas do repasse de R$ 500 mil feito pelo Estado em janeiro.