Passados dois meses do desaparecimento de Ariana Donato Arndt, 16 anos, em 22 de junho, o Ministério Público oferecerá nesta quinta-feira à Justiça a denúncia contra o ex-namorado da garota, Jhony Osmar Karsten, 22. O jovem é o principal suspeito de ter assassinado Ariana, que teve o corpo encontrado no Rio Benedito, no dia 16 de julho.

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O promotor que atua perante a Vara Criminal de Timbó, Alexandre Duara Serratine pretende concluir nesta quarta-feira o documento e denunciar Karsten pelo crime de homicídio qualificado, com pena entre 12 e 30 anos. Depois de analisar o inquérito – entregue dia 31 de julho – a promotoria pediu à Polícia Civil novas diligências.

Com o trabalho concluído, o promotor diz ter provas suficientes para oferecer a denúncia contra o ex-namorado de Ariana:

– O suspeito se contradiz bastante sobre os fatos que ocorreram antes dela desaparecer. São muitas mentiras e contradições – explicou Serratine.

Caso a denúncia seja aceita pela Vara Criminal da Justiça de Timbó, Karsten poderá ia a júri popular. Desde que o corpo de Ariana foi encontrado, o ex-namorado continua no Presídio Regional de Blumenau. O advogado dele, Reny Becker Filho, teve negado no Tribunal de Justiça o habeas corpus que pedia a liberdade Karsten.

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Na última quinta-feira, entretanto, o defensor entrou com um recurso ordinário junto ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ) recorrendo da decisão.

Família se reuniu para lembrar aniversário de Ariana

No dia 18 de agosto, Ariana teria completado 17 anos. Em memória à filha, os pais Mércio Arndt e Yara Donato fizeram um encontro para toda a família. A esperança de Arndt, é que com a denúncia do promotor, o suspeito de ter matado a filha dele possa ir a júri popular.

– Vamos torcer para que isso aconteça. Pelo que fez com a minha filha, ele terá que pagar – afirmou o pai de Ariana.

Um dos desejos de Arndt é ter a oportunidade de conversar com Karsten. Ele disse que pretende entender os motivos que teriam levado o jovem a ter cometido o crime.

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– Ele não precisava ter feito isso. A minha filha estaria num lugar bom e ele fora de lá (do presídio) – argumentou Arndt.

CONTRAPONTO

O que diz Reny Becker Filho, advogado de Jhony Osmar Karsten:

“Não está provado que foi o Jhony quem cometeu o crime. A morte seria por afogamento, mas ela pode ter acontecido por suicídio ou qualquer outro fato. Não há conteúdo para ele ser denunciado por homicídio qualificado. Até o presente momento, não temos provas contra Jhony. Protocolei o recurso no STJ, pois entendo que ele deve ser liberado por falta de provas”.

Leia a reportagem completa na edição impressa do Santa desta quarta-feira