O promotor da Vara da Infância e Juventude em Joinville, Sérgio Ricardo Joesting, entrou na quinta-feira com o pedido de destituição familiar das três crianças vítimas de maus-tratos na zona Leste.

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Os irmãos foram resgatados há pouco mais de uma semana, após a Polícia Militar receber uma denúncia e prender a mãe e o padrasto deles em flagrante por tortura.

Desde que receberam alta hospitalar na última segunda-feira, as crianças estão vivendo em um abrigo de Joinville. Elas foram encontradas com os pés queimados, lesões graves na cabeça e marcas de agressões anteriores nas costas.

Joesting informa que dentro da ação de destituição familiar, ele também fez um pedido liminar de suspensão de guarda. Dessa forma, a mãe das crianças, que está presa no Presídio Regional de Joinville, já perdeu temporariamente a guarda dos filhos.

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Segundo o promotor, a defesa da mãe tem 15 dias para se manifestar, depois disso o juiz da Vara da Infância e Juventude de Joinville, Márcio Renê Rocha, vai analisar a denúncia e a defesa para deferir ou não o pedido.

Joesting se disse impressionado com a dimensão das lesões sofridas pelas crianças. Foi com base nos laudos da Polícia Civil que ele entrou com a ação.

-É inconcebível uma mãe deixar isso acontecer. É muito grave mesmo-, afirmou o promotor.

Ele também explicou que a partir de agora a equipe de assistentes sociais do abrigo onde as crianças estão vivendo vai dar início ao chamado estudo social, que se baseia em observar o dia a dia das crianças na casa de acolhimento e, no caso de familiares interessados em adotá-los, de estudar as condições que o parente possui para cuidar das crianças. Conforme Joesting, até o momento apenas uma tia manifestou interesse de maneira informal em ter a guarda das crianças.

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