“ Segundo o Relatório de Pesquisa feita pelo Ibope em 2007, as ofertas de compra de votos alcançaram níveis preocupantes no pleito eleitoral de 2006. Cerca de 8,3 milhões de cidadãos receberam propostas para a venda de voto.
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O “rouba, mas faz” foi defendido por uma pequena parcela do eleitorado brasileiro que, contraditoriamente, disse valorizar a honestidade no trato da coisa pública. Outro ponto notório foi a afirmação, por parte de 4% dos eleitores, de que tiveram de pagar propina para funcionários públicos estaduais durante o último mandato.
Atualmente, pode servir de consolo, a avaliação dos atuais e dos antigos políticos está em baixa. As expectativas com relação aos futuros governantes não são muito otimistas. Considerável parcela do eleitorado entende que os políticos anteriores se beneficiaram indevidamente do cargo público em proveito próprio e que os novos titulares procederão de igual forma.
Devemos perder as esperanças, então? Minha fé na política existe porque não suporto imaginar que seja impossível acabar – ou diminuir para casos excepcionais – com a bandalheira que predomina no comando de poder que tenta determinar a manipulação criminosa dos nossos destinos.
Mas o que fazer? Estudar os candidatos, suas propostas e seus históricos. A alternância no poder, em regra, é benéfica e saudável para todo o sistema social. A participação ativa, depois das eleições, é de fundamental importância. Não podemos permanecer reféns da “política tradicional”, como gado marcado para o futuro abate. Temos a obrigação de participar dos processos decisórios, opinando, investigando e cobrando dos nossos representantes eleitos. Aliás, temos que ditar a pauta de prioridades das políticas públicas, passando de coitados expectadores para atores políticos determinantes. Enfim, precisamos aprender a exercer nossa cidadania plenamente, dia a dia, minuto a minuto. “
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