Pessoalmente, sempre tive uma admiração muito especial por Mandela. Afinal o grande Madiba era visto como a única esperança de liberdade, de igualdade e de prosperidade para a enorme maioria negra que sempre viveu pobre, oprimida e escluída da sociedade sulafricana. No poder, não decepcionou. Com humildade e honestidade, soube perdoar os antigos opressores do regime separatista, pacificar a nação e construir uma nova sociedade sulafricana, mais democrática e igualitária.

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Por isso, ganhou a admiração da sua gente e de governantes e dos povos do mundo, que continuam chorando a sua irreparável perda e reverenciando a sua figura de campeão da liberdade e da paz transformadoras de mentes e comportamentos. Ele, sulafricano de origem miserável que viveu numa sociedade de poucos brancos-dominadores e apartados de uma grande maioria de negros quase-escravos; que passou boa parte da vida na prisão e que, com a humildade da sabedoria, soube conduzir a nação pelos caminhos da liberdade e da democracia racial.

Enquanto na África do Sul, o rufar dos tambores da dor e da tristeza acompanham a dança e o choro do povo nas ruas, as manifestações do luto oficial mostram o quanto Mandela marcou a vida política do mundo contemporâneo. A presidente Dilma assinalou que o “exemplo deste grande líder guiará todos aqueles que lutam pela justiça social e pela paz no mundo”. Barak Obama destacou a coragem: “Sua jornada de prisioneiro a presidente personificou a promessa de que seres humanos e nações podem mudar para melhor.”

“Uma grande luz se apagou no mundo”, disse o primeiro-ministro inglês David Cameron. Mas penso que outra grande estrela da paz e da liberdade, mais fulgurante, passou a brilhar para iluminar o horizonte de nossas esperanças.

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