Pegada que se traduz em competitividade. O Joinville foi ao Rio Grande do Sul buscar a fonte de um futebol que faça o clube voltar a ser mais lutador nos jogos. Porto-alegrense de 52 anos, Rogério Zimmermann coloca uma pitada disso na equipe que tem como objetivo na temporada o retorno à Série B do Brasileiro. Porém, o Campeonato Catarinense está no calendário e, por si só e pela tradição tricolor no torneio, há o compromisso de disputar como um dos postulantes ao título.

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Porém, não pode ir além disso, do compromisso. Com quatro adversários em divisões superiores no Brasil – e mais investimento, consequentemente –, o Joinville de Zimmermann não faz promessas para o campeonato que se avizinha. Nem por isso, no entanto, vai enfrentar o Estadual apenas na espera do início da Série C. Longe disso, garante o comandante.

— Independentemente dos anos anteriores, com bons resultados ou não, tem pressão de defender o Joinville. Temos de fazer o nosso melhor. Ainda que seja cedo para falar o que é este melhor.

Aos jovens remanescentes da primeira parte da Copa Santa Catarina foram adicionados atletas experientes para formar o plantel do JEC. Além da mescla, a aposta joinvilense foi na preparação antecipada. O Joinville começou a pré-temporada antes mesmo de clubes considerados pequenos do Estado. No dia 29 de novembro, os jogadores começavam a fazer os exames médicos e avaliações físicas, o que a Chapecoense vai fazer neste fim de semana, por exemplo. Porém, Zimmermann não acredita que esta seja algo determinante.

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Há uma semana e meia do início do Catarinense, o JEC é realista e trabalhador como seu treinador. Veja nos tópicos a seguir por que e também outros pensamentos do comandante tricolor.

Preparação

O grupo de jogadores está praticamente fechado. Atletas como Hélder, Dick, Schmöller e Marcos Paraná foram acrescentados para dar peso à equipe e têm sido preparados para fazer do Joinville pegador dentro de campo.

– Há espaço para outros, mas boa parte conseguimos e está dentro do perfil que queremos, competitivos. Os jogadores têm um entendimento e aceitação bons para o período que estamos – afirma.

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Objetivo: ir bem

Não há meta estipulada para o Catarinense. Porém, há exigência, e ela é alta. O Joinville tem que ir bem na competição estadual. Alcançar o título não é premissa, e sim um sonho distante — e o treinador não faz tal classificação:

— Estamos montando um grupo forte para honrar a tradição do clube, tentar atender o desejo do torcedor. Evidentemente que não faremos nenhum tipo de promessa. Vamos procurar fazer um grande torneio e pensar jogo a jogo. O segundo semestre, a Série C, depende muito do Estadual, da confiança que se adquire.

Vantagem por ter tido mais tempo

O Joinville começou a pré-temporada antes até das equipes consideradas pequenas deste Catarinense – Brusque e Inter de Lages iniciaram depois, por exemplo. Desta forma, o JEC pode arrancar com mais força e melhor condição física. Por outro lado, os jogadores que tiveram menor tempo de preparação têm outra vantagem, conforme o comandante tricolor explica:

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— Não vejo que temos vantagem em relação a isso. Gostaria de ter tido uma pré-temporada menor e disputado 38 partidas com o grupo que estamos dirigindo. Mesmo com período menor de treinamento, você tem um lastro maior de partidas, e contra as principais equipes do país. Mas também temos que reconhecer que os clubes com tempo maior podem chegar em uma condição física melhor. Se analisar, todas as equipes têm vantagens e desvantagens. Cabe ao Joinville, por exemplo, utilizar o que tem de bom. Ao final, as coisas se equivalem.