A situação da ponte de madeira da comunidade Braço do Norte em Itapoá, Litoral Norte Catarinense, segue sem solução mais de três meses depois de moradores denunciarem a precariedade da estrutura e a mesma ter sido interditada — à época — pela Defesa Civil. Uma avaliação da ponte chegou a ser feita pela Prefeitura em abril, com o anúncio de que as obras ocorreriam até maio, mas até esta quinta-feira (1º) nada mudou.
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Segundo mostrou reportagem da NSC Comunicação, a ponte já vinha assustando os moradores da região pelas condições estruturais e os pilares de sustentação estavam comprometidos. A estrutura chegava a balançar e as tábuas aparentavam estar soltas.
Quando o caso veio a tona, imagens gravadas por populares mostraram que um ônibus escolar, que passa diariamente pela região, precisava parar para as crianças descerem do veículo antes de atravessar a ponte. Essa era a garantia da segurança dos cerca de 15 alunos que faziam a travessia à pé, para depois o motorista conduzir o ônibus sozinho até o outro lado e eles seguirem viagem.
Ponte em más condições é interditada em Itapoá
Sem melhorias, a ponte foi desinterditada porque os moradores tiraram o monte de terra, para conseguirem trafegar ao menos com carros, mesmo correndo riscos, e evitar um desvio que aumentaria o percurso em sete quilômetros. Em compensação, os riscos também se intensificam, os pilares de madeira estão cada vez mais deteriorados, e os moradores, impacientes.
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— As crianças têm que fazer um contorno muito grande e para o pessoal que trabalha aqui, também está difícil a situação. Já vai para quatro meses, no dia 13, que estamos enfrentando essa dificuldade — relata a dona de casa Lucimar Gerker.

A moradora se refere a 13 de abril, quando os moradores iniciaram a contagem regressiva para a reforma da ponte. Naquela vez, a Prefeitura de Itapoá chegou a anunciar melhorias em pontes de madeira, incluindo essa. Novas madeiras que teriam sido compradas para a ponte, até hoje não chegaram, conforme os moradores. Depois, no início de junho, foi confirmado um kit transposição (uma ponte de concreto enviada pela Defesa Civil do Estado. Porém, mesmo com o kit, a antiga ponte continua em pé, porque é necessária licitação para construir as cabeceiras da ponte.
A moradora Soeli Ferreira pega todos os dias o ônibus que passava na ponte para ir trabalhar. Segundo ela, o tempo de trajeto aumentou em cerca de 20 minutos. Outros moradores, permanecem fazendo o percurso antigo e passam sobre a ponte torcendo e protestando para que a reforma saia do papel.

Contraponto
Por nota, a Prefeitura de Itapoá informou que o processo de licitação para a contratação da empresa que vai realizar a construção das novas cabeceiras da ponte sobre o Rio Braço do Norte está em andamento. Ainda segundo a Prefeitura, após a conclusão da obra das cabeceiras, a Defesa Civil de Santa Catarina deve fornecer os kits de transposição para que a ponte seja concluída.
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