Empresários de Joinville deram um importante passo para a categoria nesta quinta-feira, durante reunião com o prefeito Udo Döhler, na sede da Associação de Joinville e Região da Pequena, Micro e Média Empresa (Ajorpeme). A cada dez empresas que iniciam as atividades em Joinville, duas optam por registrar o negócio em cidades vizinhas, como Araquari, onde o processo de abertura é cinco vezes mais rápido, segundo estudo de contadores da entidade.

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Para resolver esta questão, a associação entregou ao prefeito uma proposta de desburocratização que promete reduzir de 104 para no máximo 20 dias o tempo de abertura de uma empresa na cidade. “Vamos trabalhar juntos”, afirmou Udo.

Uma das principais preocupações está ligada ao fato de Joinville perder oportunidades de investimento e deixar de arrecadar tributos de empreendedores que efetivamente atuam na cidade. De acordo com a coordenadora do projeto, a vice-presidente administrativo financeiro da Ajorpeme, Maria Lúcia Garcês, a Prefeitura já dispõe da estrutura, da expertise e também de softwares. Agora, precisa integrar, unificar e simplificar os procedimentos, conforme o projeto propõe.

Todas as etapas serão revisadas, mas o gargalo encontra-se na Secretaria de Infraestrutura Urbana (Seinfra), onde ocorre a primeira liberação de viabilidade do empreendimento.

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– Tudo é feito de forma manual, a informatização é prioridade -, explicou Maria Lúcia.

A demanda atual é de 35 a 40 processos por dia de abertura de empresas. O projeto elaborado por um grupo de dez profissionais busca reduzir também a maratona de dez quilômetros que os empresários precisam percorrer para encaminhar os documentos a todos os oito órgãos competentes. O projeto prevê atendimento centralizado em um único local, por meio da entrada única de dados.

As vantagens de Araquari aos empresários

A menor demanda e um processo centralizado são apontados pela Ajorpeme como alguns dos motivos para a façanha que torna Araquari visada por empresários joinvilenses que têm pressa em abrir o negócio.

De acordo com o prefeito da cidade, João Pedro Woitexem, desde 2009 a Prefeitura busca a desburocratização. Para agilizar o atendimento, contratou servidores e remanejou as funções.

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Outra medida foi estabelecer prazos para cada procedimento. Para viabilidade é de 48 horas; para alvará de construção, dez dias. A licença ambiental tem prazo maior: 30 dias. Todos os processos são informatizados e a integração é parcial, segundo o prefeito.