Até o dia 9, cinco escolas de Guaramirim serão palco do projeto Semana de Integração nas Escolas, que acontece pela primeira vez na cidade. A iniciativa, que começou na quinta-feira, tem o objetivo de conscientizar, através de palestras e orientações, alunos, pais e professores sobre a violência nas instituições de ensino. A ação é realizada pelo Ministério Público, Conselho Tutelar, Secretaria de Desenvolvimento Social e Polícia Militar.

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A ideia do projeto surgiu depois que o Conselho Tutelar e o Ministério Público de Guaramirim perceberam o grande número de denúncias de violência nas escolas registradas neste ano e decidiram realizar um ciclo de conscientização. As ocorrências incluem agressão física, psicológica, desrespeito aos professores e danos ao patrimônio público e a maioria dos envolvidos são adolescentes.

– Recebemos pelo menos uma denúncia por semana sobre esse tipo de problema -, comenta a presidente do Conselho Tutelar, Rosa Piccoli Satler. De acordo com ela, o órgão já apreendeu com os estudantes objetos utilizados em brigas, como estiletes e soquetes.

Os encontros serão realizados nas escolas estaduais Almirante Tamandaré, São Pedro, Lauro Zimmermann, Alfredo Zimmermann e São José e envolvem alunos do 1º ano do ensino fundamental ao ensino médio. As palestras são divididas em duas etapas: do 1º ao 5º ano, são promovidas pela equipe técnica do Creas (Centro de Referência de Assistência Social) e do 6º ano ao ensino médio são ministradas pelo MP, Conselho Tutelar e PM. São abordados temas como o papel do Conselho Tutelar, bullying e suas consequências, violência e ato infracional.

Os pais dos estudantes também participam das reuniões no período noturno, quando há palestras direcionadas sobre a importância da participação da família na vida do estudante. Professores e diretores também são orientados a ficarem atentos a situações que possam gerar violência.

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– Todos nós temos a responsabilidade de zelar pela criança e o adolescente, formando cidadãos conscientes de seus direitos e deveres -, comenta Rosa. Segundo ela, a intenção é realizar a ação bimestralmente, sempre em escolas diferentes.

SAIBA MAIS

Ao atender os casos de agressão, o Conselho Tutelar avalia se os envolvidos precisam de acompanhamento social ou psicológico. Se for constatada a necessidade, eles são encaminhados ao Creas.