Dentro de um ano, Jaraguá do Sul deve contar com a Rede de Atenção Integral às Vítimas de Violência. O objetivo é criar um sistema integrado de atendimento à mulheres, idosos e crianças que sofreram agressão.
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Uma resolução de apoio foi aprovada por sete conselhos municipais que participam do projeto. Em 30 dias, a administração deve publicar um decreto estabelecendo diretrizes para colocar a proposta em prática.
A criação do sistema é estudada pela comissão desde 2012. O psicólogo Carlos Rohrbacher, um dos integrantes da comissão, diz que um dos objetivos é capacitar funcionários para formar uma rede de proteção e garantia de direitos. Os órgãos são representados pelo Poder Judiciário, Ministério Público, Conselho Tutelar, Polícia Civil, Polícia Militar, hospitais e as secretarias de Saúde, Educação e Assistência Social.
Outra meta é integrar as informações disponibilizadas por esses serviços para verificar que tipo de encaminhamento foi dado para cada caso e se a pessoa tem histórico de violência. Dessa forma, é possível definir de forma mais ágil quais providências devem ser tomadas.
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– Hoje o sistema das secretarias não fala com o dos hospitais, do Ministério Público e das delegacias para saber o caminho que a pessoa percorreu. Os funcionários que integrarem a rede terão conhecimento de todos os serviços que as vítimas têm à disposição para orientá-la corretamente – explica.
Segundo Carlos, a rede não funcionará num local específico e não terá quadro próprio para os atendimentos, utilizando o pessoal e a estrutura já existente.
Para a responsável pela Delegacia de Proteção à Mulher, Criança, Adolescente e Idoso, Milena de Fátima Rosa, a rede de integração será uma ferramenta para ajudar a traçar políticas públicas para as vítimas de violência. Desde que a delegacia foi criada, em 2010, foram registrados 4.350 boletins de ocorrência – 80% deles por violência doméstica contra mulheres, crianças e idosos. Desse volume, mais de 50% são por lesão corporal e ameaça contra mulheres.
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