No próximo mês, integrantes da Defesa Civil de Jaraguá do Sul e o prefeito Dieter Janssen devem participar de uma audiência em Brasília para conversar sobre o desassoreamento de cinco rios do município.

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O objetivo é encaminhar um projeto de limpeza e recomposição da mata ciliar para o Ministério da Integração, orçado em R$ 11,5 milhões. As melhorias estão previstas para ocorrerem no Rio da Luz, Rio Cerro, parte do Rio Jaraguá, Ribeirão Chico de Paulo e Ribeirão Três Rios, onde costumam ocorrer alagamentos.

A proposta foi concluída em 2010 e encaminhada ao Ministério das Cidades, mas o projeto será reenviado porque o município não obteve os recursos solicitados. O secretário de Defesa Civil jaraguaense, Marcelo Prochnow, disse que a Prefeitura vai buscar apoio político para conseguir o repasse. Na semana passada, ele se encontrou em Florianópolis com o Secretário de Defesa Civil do Estado, Milton Hobus, para reforçar o pedido. Hobus prometeu apresentar a reivindicação ao governador Raimundo Colombo e conversou sobre a situação com o Secretário Nacional de Programas Urbanos, Leodegar Tiscoski.

– Municípios do país inteiro pleiteam esses recursos, o que torna mais difícil e demorada a seleção das cidades contempladas -, comenta Prochnow.

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De acordo com o secretário, a recuperação mais cara será o do Ribeirão Chico de Paulo, que custará cerca de R$ 5 milhões. Segundo ele, o motivo é a dificuldade de acesso para as máquinas que farão a limpeza, já que existem muitas casas perto do rio. Se o governo federal aprovar a reivindicação, será definido um cronograma de obras.

O açougueiro Ilmar Ribeiro, 45 anos, mora às margens do Ribeirão Chico de Paulo há apenas um mês e já enfrentou o medo de ter a casa atingida por um alagamento.

– No primeiro dia em que estava aqui choveu muito e eu já estava de olho do rio -, comenta. A residência onde ele mora é alugada e ainda tem as marcas do último alagamento registrado no bairro, quando o rio subiu e a água atingiu cerca de meio metro da moradia.

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A aposentada Vilde Gadotti, 62 anos, mora há mais de 20 anos perto do ribeirão. Em novembro de 2008, ela teve de levantar os móveis para não perder tudo na enchente. Em fevereiro deste ano, a rua dela foi novamente atingida pela água e Vilde procurou a Prefeitura para exigir providências.

A aposentada atribui grande parte dos alagamentos à falta de conscientização da população.

– Vemos muitos restos de construção e lixo pelo rio. Se as pessoas cuidassem mais, com certeza não haveria tantos problemas -, opina.