Em entrevista à CBN Diário nesta segunda-feira (16), o coordenador do monitoramento de compras do Observatório Social de Florianópolis, Rodrigo de Bona, acredita que há outras opções que poderiam ser vistas pela Prefeitura da Capital para reduzir os gatos antes de se tomar uma medida que ele considera “extrema”, em relação a encaminhar projeto de lei em regime de urgência para a Câmara de Vereadores com o objetivo de permitir a contratação de organizações sociais em áreas como saúde e educação.

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Servidores públicos municipais estão em greve desde quarta-feira (11), se dizendo contrários à proposta, enquanto o Executivo alega que precisa tomar tal medida para conseguir respeitar o limite máximo de gastos com folha salarial, manter e ampliar os serviços.

– A gente não viu ainda a folha de pagamento aberta, em detalhes, para saber se não há mais nada para cortar como, por exemplo, cargos comissionados – explicou o integrante do Observatório.

Para não estourar o limite de gastos, Rodrigo de Bona recorda a dificuldade dos municípios em cobrar os grandes devedores para conseguir aumentar a arrecadação.

Ainda segundo o representante do Observatório Social, “a terceirização é sempre mais cara que a execução direta”. Como exemplo, Rodrigo de Bona recorda o caso da merenda escolar: as prefeituras estão terceirizando todo o processo, inclusive a compra dos alimentos. Ele cita um estudo recente de que isso custa 30% a mais para o município.

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– No caso de organizações sociais na área de saúde e educação, o risco é grande porque não temos parâmetros de desempenho e qualitativos de avaliação para efetivamente monitorar de fato – destacou Rodrigo de Bona.

Ouça a entrevista na íntegra com o coordenador do monitoramento de compras do Observatório Social de Florianópolis, Rodrigo de Bona, para o Notícia na Manhã desta segunda-feira (16):