Manuela Carvalho, 12 anos, é defensora da causa animal e conhecida por criar o Projeto Manu Pets em Joinville. Quando tinha apenas nove anos, o amor pelos bichinhos que tem em casa (hoje, seis cachorros e uma gata) passou a ser compartilhado com animais atendidos pelo Abrigo Animal de Joinville e por protetores independentes.
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Na época, a menina decidiu aprender a costurar roupinhas para cães. Primeiro, a produção foi idealizada para agasalhá-los, mas para ajudar um número maior de cãezinhos, passou a vender as peças que criava e a doar o dinheiro arrecadado em prol da saúde deles. Em três anos, ela já conseguiu produzir pelo menos cem roupinhas.
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Hoje, ela não é a única a manter a ideia funcionando, e a confecção dos agasalhos, que impulsionaram o projeto, cedeu espaço para outras ações. Com a ajuda da mãe Caroline Canabarro, que se engajou na causa com a filha, elas e outros voluntários realizam bazares e feiras de doação, além de ações voltadas ao bem-estar animal, como vacinação, castração, acompanhamento veterinário, entre outros.
— Hoje, a costura não é mais o foco, mas a saúde deles. A Manu está em uma fase diferente do projeto e mais envolvida e focada nos cães em si, até pela maturidade dela. Ela estuda em período integral desde abril e está mais voltada na busca por parcerias, participando de palestras e tentando doações para a causa — conta a mãe.
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Entre as principais realizações do projeto desde sua fundação está a conquista de vacinas contra a raiva para centenas de animais atendidos pelo Abrigo Animal, em 2015, com ajuda do dinheiro arrecadado pela venda das roupinhas. Um dos eventos ajudados pelo projeto é a feira de adoção que acontece todo terceiro sábado do mês no Garten Shopping, em Joinville.
O auxílio no cuidado com os cães também tem apoio de entidades como a Chemitec, de São Paulo, que ajuda o projeto de Manu com produtos como vermífugos, anti-inflamatórios e desinfetantes pet. Para a pequena, a manutenção desses cuidados deve ser considerada por aqueles que desejam acolher ou doar um animal.
— Aprendi que não tem idade para começar a ajudar, e todos podem fazer alguma coisa. Às vezes, as pessoas encontram um cãozinho na rua e o recolhem para cuidar ou doar, mas mais importante que isso é buscar assistência veterinária para esse bichinho, vaciná-lo, ver o histórico dele e como está sua saúde — diz a menina, já cravando o que quer ser no futuro: veterinária.