Emoção, empolgação e satisfação. Esses foram alguns dos sentimentos vividos por Lenilson Luiz Lobo, 38 anos, ao saltar pela primeira vez de parapente. O morador de Florianópolis foi até Santo Amaro da Imperatriz nesta semana para fazer o salto. A prática é uma das atividades oferecidas pela Associação Catarinense para Integração do Cego (Acic).
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A ideia de fazer com que os alunos pratiquem ações radicais foi bem recebida pelo educador físico da entidade, Igomar Zucchi. Ele criou o Projeto Adrenalina, no qual os alunos têm a chance de realizar atividades que, sem o apoio da Acic, seriam de difícil acesso para pessoas com algum tipo de deficiência.
Essa é quarta edição da iniciativa que faz parte da disciplina de orientação e mobilidade da associação. O objetivo principal é potencializar o processo de habilitação e reabilitação dos integrantes. Segundo Zucchi, tem dado certo.
— Além do prazer de realizar a atividade, a gente percebe que as pessoas que as praticam começam a se dar conta de que elas podem fazer isso e outras coisas mais. E esse passou a ser o foco. É claro que algumas coisas elas não conseguirão fazer, mas outras elas farão de forma diferente. Na hora da vivência, todo mundo é igual — afirma.
Lobo descreve a sensação de voar:
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— Foi uma experiência incrível e exclusiva. Foi muito legal poder curtir a aproximação com a natureza, o vento batendo no rosto e sabendo que você não está com os pés no chão. A gente se sente livre, ainda mais pelo fato de você não ver e estar lá no alto. Foi muito show, muito bom mesmo.
A programação deste ano do Projeto Adrenalina tem cinco vivências. A primeira delas foi passar o dia em um sítio e se envolver nas diferentes operações que o local permite como, por exemplo, o contato com os animais e o acesso aos alimentos cultivados. A segunda foi um passeio de veleiro. Em seguida, veio a prática de rapel, depois o parapente. A última será o mergulho.
— A escolha do que será feito é realizada ouvindo as pessoas que participam do projeto. Fazemos uma avaliação para ver qual é o retorno delas, o que elas gostariam de praticar, e a partir disso corre atrás para viabilizar. O que a gente busca é mostrar que todo mundo é capaz — diz o educador.
Assista ao salto do Lobo:
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