Se hoje se fala amplamente de economia criativa em Joinville, se muitos tomaram coragem para tocar projetos nesse campo, se muitos prosperaram nele e inspiram outros a fazê-lo, é porque em dezembro de 2012 o (In)Consciente Coletivo apresentou à cidade uma nova proposta de empreendedorismo. Quatro anos e mais de 200 expositores e 30 mil visitantes depois, o evento chega à décima edição não mais como uma feira ou mera vitrine de produtos, mas como um festival que celebra a cultura criativa, a arte regional e o consumo consciente. Vem a calhar que o marco aconteça no emblemático espaço da Casa da Cultura Fausto Rocha, neste sábado e domingo.

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Em clima comemorativo, o 10º (In)Consciente Coletivo amplifica sua já intensa programação. Além de cerca de 50 expositores de moda, design, gastronomia e decoração, ela conta com feira de arte e impressos, bate-papos, oficinas, workshops, intervenções e apresentações musicais, entre outras atrações. Tudo com o objetivo de difundir a economia criativa, colaborativa, inovadora e empreendedora.

Em Joinville, as mudanças foram percebidas pela galerista Sarah Pinnow, uma das organizadoras.

– O que mais percebemos nestas dez edições e quatro anos de trabalho com o (In)C é o quanto a cidade absorveu a iniciativa e reconheceu o potencial criativo e empreendedor que temos. O (In)C provoca estes conceitos e temos percebido os resultados: consumo consciente, sustentabilidade e comprar do pequeno já fazem parte do “inconsciente coletivo” das pessoas – diz ela, para quem o (In)C foi a primeira iniciativa em Joinville a adotar o discurso da economia criativa e fomentá-la.

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Partindo do conceito de que a estratégia é um “exercício de futuro”, e levando em conta que todos têm a criatividade dentro de si, Sarah explica que a economia criativa possibilita a reinvenção e o empreendedorismo, sobretudo no momento de crise que o Brasil vive. Conectar as pessoas, público e criadores, revelar talentos e ser uma vitrine criativa e coletiva de novas ideias está no cerne desse movimento e, por consequência, do (In)C.

– Os empreendedores do nosso tempo têm o desafio de entregar produtos e serviços funcionais, mas, acima de tudo, valores intangíveis: experiências, sonhos, afeto, conversas, trocas e histórias. É isso que vemos no (In)C e que tanto encanta as pessoas – comemora a organizadora.

Outra iniciativa bem-vinda, que fez parte da sétima edição, volta ao (In)Consciente Coletivo, agora para ficar. O Programa Lixo Zero, coordenado pela Rastro Soluções Sustentáveis, busca o uso racional dos recursos naturais melhorando a destinação dos resíduos e mudando hábitos rotineiros e organizacionais.

O (In)C será o start para que a Casa da Cultura vire o primeiro espaço público a receber o Lixo Zero, e todos os professores, colaboradores e alunos passarão por treinamento. Os resíduos orgânicos gerados na escola serão compostados no local, gerando adubo para uso interno ou distribuído para seu público.

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Já a programação cultural inclui intervenção do Circo Jequitibá, exposição dos alunos da Escola de Artes Fritz Alt, oficina de fanzines, lançamento do novo livro da escritora Vanessa Bencz e shows das bandas Nave Blues e Gorilla Grip, Milton Neto, Jesus Lucas e François Muleka, entre outros.

Agende-se:

O QUÊ: 10º (IN)Consciente Coletivo

QUANDO: sábado e domingo, das 11 às 19 horas

ONDE: Casa da Cultura Fausto Rocha Jr (rua Dona Francisca, 800, Saguaçu)

QUANTO: gratuito