Parte do programa de extensão “Quero entender você: ações para apoiar a comunicação”, um projeto gratuito ensina a Língua Brasileira de Sinais (Libras) para alunos na Universidade do Estado de Santa Catarina, em Joinville. As práticas acontecem nas segundas-feiras, às 17h.

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Conforme a professora responsável pelas aulas, Carla Diacui Medeiros Berkenbrock, o objetivo é promover a consciência para melhorar a comunicação entre surdos e ouvintes, e fomentar a comunicação efetiva no campo da inclusão social.

Nos encontros, os alunos aprendem contextos de uso da Libras relacionados com alguma categoria, como escola, saúde e emprego. — São áreas que o surdo tem dificuldade em encontrar pessoas que se comuniquem — disse Carla. Além disso, também é ensinado aspectos relacionados com a gramática de Libras e a cultura surda.

O projeto iniciou junto da professora Fabíola Sell, que ministra a disciplina de Libras nos cursos de graduação da Udesc Joinville. Mas atualmente, Carla é a responsável junto com a acadêmica Carolina Silveira.

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Para Carolina, existem muitos mitos e tabus relacionados à língua de sinais e à comunidade surda. — A sociedade ainda é limitada e pouco inclusiva. A falta de informação e visão capacitista pode aumentar os desafios enfrentados pelos surdos, mas há formas de educar, promover a inclusão e a acessibilidade. E é isso que o nosso projeto busca — diz a acadêmica.

— Aprender Libras é uma forma de quebrar as barreiras da comunicação, facilitando a inclusão social. Se apenas os surdos souberem Libras, sua capacidade de se comunicar fica comprometida. Então, aprender a Língua é um exercício de acessibilidade e inclusão — afirma a professora

A oficina é aberta a todos os interessados e não é necessário ter cadastro para fazer parte. Também, é oferecido certificado diante de uma participação mínima de 15 horas, realizada por meio de controle de frequência.

Conforme a última atualização de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há 21 mil surdos e deficientes auditivos com algum grau de surdez que residem no município de Joinville.

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Laboratório Colabora

As práticas acontecem no Laboratório Multiusuário Colabora, que visa apoiar a comunicação de pessoas com Deficiência Intelectual (DI), de pessoas surdas, e de usuários de Libras por meio do desenvolvimento e uso de ferramentas computacionais móveis e colaborativas.

Atualmente, sob o comando de Carla, alunos do Centro de Ciências Tecnológicas da Udesc desenvolvem um software colaborativo, a partir de pesquisas e contatos com especialistas, para apoiar a Comunicação entre Surdos e Ouvintes, chamado de Dicionário de Libras.

— Para desenvolver os trabalhos de comunicação, eles (os desenvolvedores) precisam ter um conhecimento de Libras. Não tem como trabalhar com computação, desenvolver uma ferramenta inclusiva, sem ter noção do que é a inclusão — explica Carla.

Veja vídeo de alunos durante aula

*Sob supervisão de Raquel Vieira

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