O projeto SOS Oceanos está ensinando pescadores de São Francisco do Sul a lidar com o lixo que coletam da forma correta, com o o objetivo de reduzir ao máximo o impacto ambiental do processo de pesca. 

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A iniciativa, que começou em março com apenas meia dúzia de participantes, hoje conta com mais de 100 pescadores artesanais. Em troca do lixo recolhido, eles recebem brindes, mas a recompensa vai além do material. 

– É um incentivo, porque o próprio pescador já não tem mais aquela ideia antiga. Ele tá mais aperfeiçoado para o que vem de prejuízo para os filhos, os netos, para o futuro da classe. – conta José Elias, um dos pescadores da região e participante do projeto. 

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Além do lixo encontrado no mar, o programa chama atenção para o descarte correto do óleo usado nos motores dos barcos, um dos principais poluentes da Baía da Babitonga. Foram colocados ecopontos em vários locais da cidade, onde os pescadores podem armazenar o óleo velho, que será reaproveitado.

O programa foi idealizado em conjunto com o Porto de São Francisco do Sul e é acompanhado pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

Contaminação no mar

Desde o início do projeto, quase 200 litros de óleo já foram coletados. Se descartados de forma incorreta, no oceano, cada litro pode contaminar até 25 mil litros de água. No entanto, o mais problema é o lixo físico. 

Até o momento, mais de 54.000 litros de lixo foram retirados do mar e de ecossistemas costeiros, 95% constituído de plástico. Além de ser tóxico, este tipo de material possui durabilidade indeterminada e prejudica a vida animal da Baía da Babitonga, como aves e golfinhos que habitam a área.

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