Em Florianópolis, pesquisadores estão construindo um banco de dados com informações sobre genealogia da população negra, na tentativa de recuperar a história dessas famílias. O projeto, de nome “Ìbátan” que significa parentesco, no idioma iorubá, nasceu em 2023. Os dados começaram a ser analisados em junho de 2024.
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Um dos organizadores do projeto, o historiador catarinense Fábio Garcia diz que a intenção é reunir toda a documentação desde o século 18 até meados do século 20, passando por certidões de batismo, casamentos e óbitos, registrando um volume documental de 20 mil pessoas de forma direta. De forma indireta, o projeto pretende ter o registro de mais de 100 mil indivíduos relacionados entre si. No futuro, a pretensão é relacionar essas histórias com a documentação do Tribunal de Contas.
“Estamos diante de um projeto inédito no Brasil, porque é um projeto que visa dar dignidade e reumanizar sujeitos que foram desumanizados em um processo escravocrata e que, por muitas vezes, foi dito que era impossível contar suas histórias”, explica o historiador.

A plataforma “Ìbátan” será lançada no dia 28 de novembro com atualizações semanais. Segundo os organizadores, mapas e estatísticas estarão disponíveis. Fábio Garcia acredita que esse registro dará um novo impulso para os estudos negros de Santa Catarina e do Brasil.
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