As agulhas e os novelos de linha aos poucos deram forma a pequenos quadradinhos de crochê nas mãos de voluntárias. Elas dedicaram o fim de semana à produção das peças coloridas, que ainda este mês serão transformadas em mantas. A inciativa, que tomou conta da varanda do Museu da Família Colonial, chama-se Crochetando Empatia. O nome não poderia ser mais apropriado, afinal o fruto do trabalho vai aquecer pessoas que vivem na rua.
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A aposentada Maria Jenny Raulino, 65 anos, mudou a rotina no sábado para poder contribuir. Nada de ficar em casa limpando e organizando a residência. A missão do dia foi ajudar o próximo. Uma tarefa que ela conhece bem. Com experiência no comando das agulhas, ela conta que frequentemente faz toucas, cachecóis e casacos. As peças cheias de carinho têm como destino aqueles que precisam.
Eloir Terezinha Wottrich também estava entre o grupo de 20 pessoas que aproveitaram o sábado de sol para fazer o bem. Assim que ficou sabendo da ação, através das redes sociais, não pensou duas vezes: acordou cedo e foi ao museu para ajudar. Foi determinada a cumprir a meta de 25 quadradinhos para o dia.
Quanto mais gente participar, maior será a produção, explica a idealizadora Maria Eduarda Doin Gama, 22 anos, que é mediadora no museu e responsável pelo setor educativo:
– Essa ideia já acontece em outras partes do Brasil e conversando com uma amiga surgiu a ideia de trazer para o museu.
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Os rapazes que são mediadores no museu também ajudaram a produzir as peças. Quem não pôde participar no fim da semana, ainda pode contribuir. Até o dia 14 de julho é possível retirar no museu (de segunda-feira a domingo, das 10h às 16h) os novelos de linha e fazer os quadradinhos em casa. É preciso entregar o material no mesmo local até o dia 15 de julho, quando serão juntadas as peças e finalizadas as mantas.
Quando todo o material ficar pronto, o destino será a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e então as mantas vão chegar aos moradores de rua.
Até domingo, aproximadamente 150 quadrados já haviam sido produzidos. O projeto tem o apoio da Linhas Círculo S/A, de Gaspar, que doou os os fios.