No projeto do Plamus, os técnicos do consórcio contratado estudaram três novas possibilidades para o transporte coletivo além dos ônibus atualmente usados. Foram analisados os usos de BRT (Bus Rapid Transit), VLT (veículo leve sobre trilhos) e de monotrilho. Com base em quesitos técnicos como perfil dos modais, impactos social e ambiental, viabilidade, serviços aos usuários e implementabilidade, chegou-se à conclusão de que o BRT é o mais recomendado:
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— Em investimento, o VLT e o monotrilho são maiores do que no BRT. Estudamos também concentrar apenas em áreas centrais, e mesmo assim é muito maior — explicou o representante da Strategy&PwC, uma das empresas que fez parte do consórcio que elaborou o projeto, Carlos Eduardo Gondim.
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Na avaliação criada pelo estudo, a nota de solução mais eficaz e rentável para o BRT foi de 7,9, enquanto o VLT ficou com 7,3 e o VLT com 7,1. Por isso o novo sistema de ônibus foi apontado como o melhor para a Grande Florianópolis. O projeto também analisou a possibilidade de unir o BRT e o VLT e o VLT e o monotrilho. Em ambas as possibilidades, as estruturas não se apresentaram interessantes. Gondim detalha ainda que o estudo apontou que os ônibus do BRT possam ser elétricos, o que torna o transporte mais sustentável.
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Plamus: Plano de Mobilidade Urbana da Grande Florianópolis
O relatório do Plamus toca em um dos pontos sensíveis da mobilidade urbana da Florianópolis: a quarta ponte entre a Ilha e o continente. Apesar de a estrutura ser vista por autoridades e especialistas como solução para acabar com as filas atuais, os técnicos que desenvolveram o plano entendem que a nova ligação somente deve ser considerada a longo prazo.
No entendimento do consórcio que desenvolveu o estudo, atualmente deve-se aproveitar melhor as atuais estruturas existentes. O engenheiro da Logit, que faz parte do consórcio, Maurício Feijó, afirma que a construção de um quarta ponte faria com que uma nova oferta de mobilidade se criasse e assim pudesse haver um novo ponto de sufocamento do trânsito na região.
Por isso, Carlos Gondim, da Strategy&PwC, também integrante do Consórcio, entende que a nova ponte possa ser uma solução a partir de 2025 ou 2030, mas não imediatamente.
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Transporte marítimo é opção durante as obras
O transporte marítimo entre Ilha e continente não faz parte de uma das soluções do plano pela dificuldade de integração com os outros modais. Isso porque, ao chegar na Ilha, os pontos estudados são de difícil acesso aos maiores bolsões de trabalho, que são os mais procurados por quem faz a travessia diariamente.
Então, como explicou, Maurício Feijó, engenheiro da Logit, seria necessário que o passageiro, além de usar o transporte marítimo, precisasse entrar em outro transporte coletivo depois. Além disso, a velocidade do transporte não é favorável.
Mas não descartou totalmente as embarcações. Ele destacou que durante as obras de implantação do BRT, como opção diante da mudança que deve haver temporariamente no trânsito, o transporte marítimo é uma forma de agilizar a travessia pela Ilha.
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