O projeto de reforma da boate Kiss não foi aprovado pela prefeitura. A confirmação oficial foi dada na manhã desta quarta-feira, pelo delegado Marcos Vianna, um dos responsáveis pelo inquérito da boate.

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O projeto, entregue à polícia na terça-feira pela prefeitura, necessitava de seis correções técnicas, exigidas pela própria prefeitura. Entre elas, a mais importante: o Habite-se do prédio da Kiss, documento que a polícia ainda não sabe se existe. Conforme a procuradora-geral da prefeitura, Anny Desconzi, o Habite-se do prédio existe e data de 1963.

Conforme Vianna, o projeto estava disponível para ser retirado pelas arquitetas Cristina Gorski Trevisan e Lizie Basso Vieira em 16 de março de 2010. Ela tinha 60 dias para fazer as correções técnicas e devolver o documento à prefeitura. Mas o projeto nunca foi retirado.

Além do Habite-se do prédio, constavam como exigências a serem feitas a conclusão de uma reforma iniciada em 2003 no edifício (quando ainda funcionava um curso pré-vestibular no local), a acessibilidade para pessoas com deficiência, uma rampa de acesso interna e selos indicativos (placas de sinalização).

O delegado pretende agora analisar as exigências para tentar compreender como a mesma prefeitura que cobrou a implementação das seis correções técnicas deu o alvará de localização da boate (de funcionamento) sem que as exigências fossem atendidas.

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Pela lei, a aprovação do projeto de reforma não é uma exigência para que o alvará de funcionamento seja liberado. Entretanto, a falta do Habite-se no projeto de reforma é um item importante a ser considerado.

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