Será apresentado às câmaras de vereadores e aos prefeitos de Joinville e de Araquari, na semana que vem, o projeto para a integração do transporte público no limite entre as duas cidades, no bairro Itinga.
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Há duas propostas que serão discutidas: a construção de um terminal perto do limite e o uso do mesmo tipo de bilhetagem. As sugestões são da comissão especial da Câmara de Vereadores de Joinville, que as apresentará para representantes do Executivo de Joinville e de Araquari na segunda-feira. A proposta pode beneficiar pelo menos 2 mil pessoas que usam o ônibus para se deslocar entre as duas cidades todos os dias.
A Gidion e a Verdes Mares, que têm a concessão do transporte, são favoráveis à integração entre Araquari e Joinville. Em nota, as empresas disseram na terça-feira que a solução deve ter “respaldo jurídico e que não interfira no equilíbrio econômico-financeiro de nenhum dos sistemas”.Representantes das empresas participaram de uma comitiva que foi conhecer a integração nas regiões de Blumenau e Florianópolis.
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Vilmar Sombra, presidente da Associação de Moradores São José, do Itinga, em Araquari, disse na terça-feira que ainda espera os detalhes da proposta.
– Participei de seis reuniões sobre o assunto, e disseram que a legislação não permitia a passagem única, até porque não foi aprovado o projeto que estabelece que Araquari faz parte da região metropolitana de Joinville-, diz.
Mesmo que seja aprovado pelos dois municípios, o projeto de integração ainda precisará passar pelo Departamento de Transportes e Terminais (Deter), órgão do governo do Estado. A direção do departamento ainda não foi informada da proposta e só deve se manifestar na semana que vem.
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Solução para evitar muitas caminhadas
Antônio Ribeiro de Souza, de 60 anos, percorre dois quilômetros de bicicleta todos os dias para chegar até o ponto de ônibus, no Itinga. Ele mora em Araquari e trabalha em Joinville.
– É longe, mas como os ônibus intermunicipais têm poucos horários e é preciso pagar duas passagens, não compensa-, diz o trabalhador da construção civil.
A empregada doméstica Angela Martins, de 37 anos, costuma andar a pé 15 minutos para chegar ao ponto e pegar o ônibus rumo a Joinville.
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– Quanto chove, é complicado, mas não dá para ficar pagando dois passes-, diz.