Estudantes do curso técnico de fabricação mecânica no Senai de Joinville desenvolveram um projeto para facilitar a identificação na biblioteca de livros em braille da Associação Joinvilense para Integração dos Deficientes Visuais (Ajidevi). O projeto teve como base a criação de um molde de simples injeção plástica de placas em braille, dentro dos processos da fabricação mecânica. Os alunos Diogener Moreira, Fabrício Miranda, Leandro Kulkamp, sob a orientação do professor Dinor Martins, projetaram e fabricaram os moldes, além de executar a injeção do produto final, com o objetivo de proporcionar orientação aos deficientes visuais.

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Estantes agora contam com placas em braile, para facilitar busca por livros

A equipe do Senai fez a entrega das placas de leitura em braile para a Ajidevi, que atende pessoas com deficiência visual (cegos e baixa visão), crianças, adolescentes e adultos da cidade de Joinville e região. Os alunos aplicaram as placas de orientação braille na biblioteca de livros braile da Associação, identificando armários, estantes de livros e chaves de acesso às portas.

Segundo a coordenadora pedagógica da Ajidevi, Carla Vidoto Knittel, o projeto tornou a biblioteca mais acessível.

– Mesmo a biblioteca sendo composta de livros em braille, não tínhamos identificação nas estantes de materiais, dificultando a busca. O acompanhamento dos alunos do Senai até o final, com a aplicação dos adesivos, foi bastante positivo, porque puderam ver o resultado que todo o trabalho trouxe para as pessoas que são atendidas na biblioteca da Associação – destacou Carla.

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A execução do projeto envolveu todas as grades curriculares do curso técnico fabricação mecânica como: tecnologia de processo 4, projeto de moldes de injeção, tecnologia CAD, design de produto e programação CAM, usinagem com máquinas operatrizes convencionais, tecnologias de programação CNC, metrologia e processo de injeção de polímeros.

Braille

É o método de leitura escrita tátil mais utilizado no mundo. Ele é baseado em um sistema simples de caracteres, que se formam por combinações de seis pontos em relevo, similares aos que aparecem nas tradicionais peças de dominó. Ao deslizar os dedos sobre estes símbolos em relevo, os cegos podem ler, usando o tato. Desde que o método de ensino em braille se popularizou, milhões de pessoas cegas puderam se beneficiar com esta ferramenta que permite ler, escrever, compor músicas e ter acesso à informática.