Após dez anos de reivindicação dos moradores, a construção da rotatória no km 74 da BR-280, no bairro Ribeirão Cavalo, em Jaraguá do Sul, não tem previsão para ser retomada.

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O motivo é a rescisão do contrato entre o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e a Sociedade Mafrense de Engenharia, uma das empresas que participavam do consórcio para a obra e que enfrenta dificuldades financeiras.

O Dnit de Florianópolis está elaborando um edital para retirar a obra do Programa Contrato de Restauração e Manutenção (Crema 2) – que prevê melhorias no trecho entre Corupá e Mafra – e incluí-la no contrato de conservação que está sendo executado entre Corupá e São Francisco do Sul.

A assessoria de imprensa do Dnit explica que o objetivo desse deslocamento é agilizar os trâmites para que a obra fique paralisada o menor tempo possível, pois a abertura de um novo edital e a escolha de outra empresa para a rotatória iria retardar ainda mais o processo.

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As obras de conservação entre Corupá e São Francisco do Sul preveem melhorias pontuais na rodovia como limpeza de vegetação e tapa-buracos e a rotatória deve ser incluída entre os serviços a serem executados.

Os técnicos do Dnit vão realizar um levantamento sobre o andamento das obras no trecho e o setor jurídico vai avaliar se a Sociedade Mafrense de Engenharia será multada por ter pedido o rompimento do contrato. Em virtudes desses trâmites, o órgão diz que ainda não é possível prever quando a roratória vai começar a virar realidade.

A Sociedade Mafrense de Engenharia confirma que solicitou a rescisão do contrato ao Dnit porque as dificuldades financeiras tornaram a obra “inviável”. A construção da rotatória seria realizada em consórcio com a Empo Construção Civil, de Curitiba. O prazo de execução era de quatro meses.

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Comunidade faz nova manifestação no sábado

No próximo sábado, 1º, o km 74 da rodovia será palco de uma manifestação contra a demora na construção da rotatória. O trecho será fechado das 9 às 11 horas.

Esta será o segundo protesto realizado pelo moradores este ano. No dia 25 de janeiro, cerca de 150 moradores foram à rodovia pedir mais segurança no perímetro urbano da BR-280. O protesto foi realizado depois que uma idosa de 82 anos morreu atropelada. Uma semana depois, um homem de 31 anos não resistiu ao ser atropelado por um carro quando tentava atravessar a rodovia.

Em novembro do ano passado, técnicos da empresa responsável pelo projeto, a Sotepa, de Florianópolis, fez as medições e a limpeza da pista. A medida foi comemorada pelos moradores da região do bairro Ribeirão Cavalo, que apostam na obra para reduzir o número de acidentes.

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O presidente da Associação de Moradores dos Bairros Ribeirão Cavalo e Braço do Ribeirão Cavalo, Paulo Sérgio de Oliveira, diz que a rotatória é necessária para reduzir dois dos principais problemas responsáveis por colisões no trecho: o excesso de velocidade e a dificuldade de acesso a outras localidades, já que os motoristas precisam atravessar a rodovia para se deslocarem.

Mas agora o clima é bem diferente.

– É triste que uma obra tão simples demore tanto para sair do lugar. E o pior é que, por causa da obra, parte do acostamento está quebrada, o que pode causar mais acidentes – lamenta.