Em 15 anos, um dos grandes projetos da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil é levar dança aonde esta arte não tem palco. Literalmente, em muitos municípios, a equipe de produção constrói os tablados para que o espetáculo possa ocorrer.

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Esta ação faz parte das contrapartidas sociais oferecidas pela instituição por receber benefícios fiscais de programas como a Lei Rouanet, do Ministério da Cultura. Em Joinville, por exemplo, ela também ocorre, mas no palco da própria escola, no Projeto Sexta com Arte.

Confira a página especial sobre os 15 anos

Se em Joinville o anúncio de apresentações sob o nome Bolshoi já se tornaram comuns, quando os alunos e bailarinos da Cia. Jovem chegam a outras cidade e Estados, a comoção é geral: envolve imprensa e grandes plateias que não querem perder a oportunidade que, talvez, não voltará a acontecer.

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– A principal intenção é levar as turnês do Bolshoi para municípios do interior, onde há carência nesta área. E, se possível, levar também workshops e audições de novos alunos – explica a coordenadora de produção da escola, Sylvana Albuquerque.

Alunos e bailarinos já se apresentaram em outros seis países: Uruguai, Itália, Alemanha, Suíça, França e, claro, Rússia, quando o palco foi o Teatro Bolshoi de Moscou.

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Bolsas de estudo

Se cada um dos alunos tivesse que pagar a mensalidade que corresponde ao investimento para manter sua educação na Escola Bolshoi, o valor superaria até o de alguns cursos mais caros das universidades de elite. O que não deixa de ser uma ironia, já que a concorrência é semelhante aos vestibulares mais disputados, com cerca de 40 concorrentes por vaga.

Desde 2010, no entanto, todos os alunos do Bolshoi são bolsistas. Quer dizer que, não importa a condição financeira da família, o aluno não tem despesas para formar-se no curso técnico em dança.

– Hoje, pedimos que o aluno se comprometa com sua estadia, os gastos à noite e aos fins de semana. São valores que não podemos incluir e justificar – explica a diretora financeira Célia Campos.

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