Pelas ruas da cidade, já é possível perceber os resultados do programa Recicla Jaraguá, implantado no final do ano passado. Segundo a Fundação Jaraguaense do Meio Ambiente (Fujama), a quantidade de reciclados passou de 3% em dezembro para mais de 10% depois que a Prefeitura começou a distribuir sacolas plásticas para a coleta seletiva. Com isso, a reciclagem aumentou de 150 toneladas por mês para 500 toneladas.

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Na primeira etapa, foram distribuídas 500 mil sacolas. Os sacos plásticos têm capacidade de 100 litros e são recolhidos uma vez por semana pelo caminhão de coleta seletiva, que percorrem todo o perímetro urbano. Nos próximos dias, o órgão pretende intensificar a distribuição e implantar mais duas equipes para realizar o recolhimento. De acordo com o presidente da Fujama, Leocádio Neves e Silva, o objetivo é garantir que não haja mais recicláveis no lixo que é destinado para o aterro sanitário de Mafra, que corresponde a 32% do total recolhido.

Hoje o município gera 2,6 mil toneladas de lixo todos os meses. Além do impacto ambiental, o transporte do material não reciclável custa R$ 12 milhões por ano, o que pesa no orçamento da administração. Silva destaca que, apesar do programa estar ajudando a conscientizar a população sobre a coleta seletiva, o volume de rejeito (material que não é reciclável ou que está contaminado por comida) ainda é alto: cerca de 20%.

– Têm pessoas que ainda misturam o lixo ou que colocam resíduos não recicláveis. Também é preciso ter alguns cuidados, como lavar as embalagens de alimentos, remover os resíduos e deixá-las secar. Quando o material está contaminado, isso inviabiliza o aproveitamento – orienta Silva.

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Outro objetivo é implantar a coleta seletiva na área rural a partir do ano que vem. De acordo com Silva, mais de 50% do lixo recolhido nestes locais são de materiais recicláveis. Isso porque muitos moradores costumam aproveitar o lixo orgânico na compostagem para fazer adubo.

Moradora da rua Nereu Ramos, no bairro Ilha da Figueira, a faccionista Maria de Lurdes Morbis Rosa, 47 anos, conta que não costumava fazer a coleta seletiva antes do projeto ser implantado.

– Agora tenho duas lixeiras, uma para o lixo reciclável e outra para o orgânico – comenta.

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6,8 mil litros de óleo recolhidos

Desde abril do ano passado, a coleta seletiva também recolhe o óleo de cozinha usado. Até dezembro, foram recolhidos 6.880 litros, que deixaram de poluir os rios e o solo, ou prejudicar os sistemas de tratamento de esgoto. Outra vantagem do recolhimento é financeiro: a cada 10 litros de óleo entregues para processamento, um litro retorna à Fujama na forma de materiais de limpeza, que são distribuídos para entidades.

O presidente da Fujama, Leocádio Neves e Silva, explica que mesmo que as pessoas não tenham a sacola verde, qualquer embalagem pode ser usada para acondicionar o material reciclável.

Silva comenta que alguns síndicos de prédios optaram em não receber as sacolas distribuídas pela Prefeitura em edifícios onde passa o caminhão da coleta seletiva, mas os moradores interessados podem buscar os sacos diretamente na Fujama.

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O cronograma com os dias da semana e horário de recolhimento em cada bairro está disponível no site www.jaraguadosul.sc.gov.br/fujama. Outras informações podem ser obtidas com a empresa Ambiental Saneamento, pelo telefone 3275-3655, ou com a Fujama no 3273-8008.