Um programa de televisão sobre os membros da comunidade muçulmana em Michigan causou polêmica nos EUA. O novo episódio de All-American Muslim, que vai ao ar neste domingo no canal TLC, será dedicado quase inteiramente aos sentimentos dos muçulmanos de Michigan em relação aos ataques terroristas de 11 de setembro – alguns meses após o 10 º aniversário da tragédia em Nova York, de autoria atribuída a extremistas islâmicos.

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A série foi colocada sob escrutínio no início deste mês, quando um grupo conservador cristão pediu aos anunciantes que a boicotassem, pois era “propaganda grosseira que escondia o perigo real representado pelos interesses islâmicos às liberdades e os valores tradicionais americanos.”

Duas empresas, a cadeia de artigos para casa Lowe e o site de viagens Kayak, anunciaram a retirada da publicidade, em um movimento que gerou críticas de várias pessoas à primeira empresa.

A gravação da série foi feita durante a comemoração do 10º aniversário dos ataques. Os participantes do programa são muçulmanos que vivem dentro e ao redor de Dearborn, um subúrbio de Detroit, no coração de uma das maiores populações de americanos de origem árabe fora do Oriente Médio.

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Mike Jaafar, um chefe de polícia que participou de uma cerimônia de comemoração ao 11 setembro no estádio do Detroit Tigers, lembrou com dor a maneira que os oficiais de polícia de Nova York foram mortos ao tentar resgatar as pessoas no World Trade Center.

– Foi o primeiro dia eu vi as pessoas olhando para mim como se fosse menos americano – disse Suehaila Amen.