Apesar de a distribuição do saco verde não ter voltado ao normal, a campanha Recicla Jaraguá continua em ritmo acelerado. Em março, com a utilização das sacolas, 283 cargas foram encaminhadas para a reciclagem. Em abril, mesmo sem os sacos, 284 cargas foram destinadas ao reaproveitamento, mostrando que a população aderiu à campanha mesmo sem as sacolas. A expectativa é de que os sacos voltem à distribuição em até 20 dias e sirva como incentivo para alcançar os 30% da meta de reciclagem da cidade, segundo a Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama).

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O presidente da Fujama, Leocádio Neves e Silva, relata que separar o lixo orgânico do reciclado se tornou hábito para os jaraguaenses. Por isso, a campanha se manteve mesmo sem os sacos verdes. O Programa Recicla Jaraguá foi criado em dezembro de 2013, mas a coleta seletiva existe há mais tempo. Em setembro, quando a Fujama fez o primeiro controle de lixo, 83 cargas foram coletadas.

– O crescimento é perceptível, pois já atingimos 284 cargas em um ano e meio, que corresponde a quase 15% do total do lixo coletado. A tendência é que os sacos verdes não sejam mais necessários para a coleta acontecer – enfatiza Silva.

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A compra será de 1,5 milhão de sacos, com cotação de R$ 0,55 cada. Segundo Silva, a Fujama espera que durem 12 meses, mas, como a intenção é atingir 30% de reciclagem do lixo, podem vir a faltar. Ele acrescenta que a Prefeitura está fazendo uma parceria com o comércio, que pode começar a distribuir sacolas verdes. Com isso, o município economiza na compra do material.

Outro fator é que, com a separação do lixo, Jaraguá do Sul envia menos resíduos para o aterro sanitário de Mafra. Silva relata que cada tonelada custa R$ 290. Ao mês, são pagos cerca de R$ 780 mil ao aterro. São enviadas 2,7 mil toneladas de lixo para lá mensalmente.

Participação

O presidente da Fujama, Leocádio Neves e Silva, destaca que os bairros Ilha da Figueira e Nova Brasília são as regiões que mais separam os reciclados. Além disso, as áreas mais interioranas, como Rio Cerro e Nereu Ramos, também se destacam.

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Silva explica que as comunidades interioranas têm consciência da importância da separação, por fazer isso naturalmente ao usar orgânicos como adubos. Pelo número da população, essas áreas se destacam na separação. Já o Centro, uma das regiões mais populosas, não separa tanto como deveria.

– Como o caminhão de lixo passa seis vezes por semana, a população do Centro não criou o hábito de guardar o lixo reciclado e esperar. Eles despacham todos os dias e esquecem de reciclar – afirma.

O melhor destino para os resíduos

Desde a década de 90, Jaraguá do Sul e seus representantes discutem a solução para os resíduos sólidos. No ano passado, a Associação dos Municípios do Vale do Itapocu (Amvali) montou o plano intermunicipal de gestão integrada de resíduos sólidos que estipulava a criação de um plano para cada um dos sete municípios.

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Jaraguá do Sul está estudando a melhor forma de reaproveitar o lixo produzido pela população. Primeiramente, é preciso mudar a legislação e, depois, atualizar o plano municipal, segundo Silva.

– A ideia é criar uma unidade de valorização de resíduos que transforme o lixo em energia elétrica, adubo ou biogás – projeta.

Silva informa que até o final do ano serão concluídos os estudos para viabilizar o projeto. Ele explica que o edital será feito por meio de concessão. Assim, a empresa que investir na cidade terá tempo para recuperar o investimento.

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