Programa Eu Empresário ajuda pequenas empresas catarinenses a crescer mais

A partir de três realidades distintas, empresários de SC receberam a consultoria do Sebrae depois de terem se inscrito e serem selecionados na segunda edição do projeto Eu Empresário – uma plataforma de conteúdo construída especialmente para ajudar micro e pequenas empresas a crescerem e superarem os seus desafios e que conta com a parceria do Grupo RBS.

As empresas escolhidas nesta edição receberam 20 horas de consultoria feita por representantes do Sebrae, com orientações para promoverem mudanças no visual, controlar o estoque e a produção e administrarem melhor as finanças.

– O programa nasceu da percepção do Sebrae de que Santa Catarina é um estado de empreendedores e que há empresas e empreendedores daqui que podem servir de inspiração para quem quer montar um negócio e entrar no mercado – explica Spyros Diamantaras, gerente de comunicação e mercado do Sebrae/SC.

Foram inscritas 200 empresas de todo o Estado e, depois de uma pré-seleção, este universo foi reduzido para 30 candidatos.

Na fase seguinte, foram selecionados os três empresários que tiveram mais clareza em relatar a situação pela qual o negócio está passando. Também serviram de critério para a seleção os problemas das empresas serem passíveis de solução e geração de resultados dentro das 20 horas de consultoria previstas.

Acompanhe, a partir de hoje, no Diário Catarinense impresso e aqui no online, a cobertura completa desta experiência que pode ser replicada por quem já é ou quer se tornar empreendedor no Estado. Também será possível acessar, na página especial criada para o projeto, dicas exclusivas de consultores do Sebrae para quem quer abrir o seu próprio negócio ou fazê-lo decolar.

Conheça as empresas selecionadas para o projeto este ano:

TRAVA FORTE – CASA DAS FECHADURAS E FERRAGENS

Empresário: Robson Boso, 27 anos

Onde fica: Nova Trento, no Vale do Rio Tijucas, a 80 km de Florianópolis.

Número de funcionários: 1

Por que foi escolhida: O que mais chamou a atenção dos avaliadores na então Casa das Fechaduras e Ferragens foi a ousadia do proprietário Robson, apesar da pouca idade.

Na inscrição para participar do projeto, ele contou que começou a trabalhar com o pai em uma madeireira e que, agora, gostaria de seguir sozinho com a sua própria empresa.

Falou sobre os planos de aumentar a loja, vendendo novos produtos. Depois da consultoria, a empresa ganhou o nome Trava Forte – uma das orientações feitas pelo Sebrae. O sonho de Robson é expandir o negócio, começando por abrir uma filial.

AUTOELÉTRICA JG

Empresário: Gustavo Duarte, 32 anos

Onde fica: BR-116, Santa Cecília, Meio-Oeste, a 331 km de Florianópolis.

Número de funcionários: 2.

Por que foi escolhida: A análise do Sebrae detectou que Gustavo não tem controle do fluxo de caixa, situação comum em micro e pequenas empresas por falta de habilidade em dividir o dinheiro pessoal e da empresa.

Quem também sentiu a necessidade de organizar o caixa da empresa e separar o faturamento e o pró-labore foi Joece, mulher de Gustavo. O casal mantém o negócio no mesmo local, junto a um posto de combustíveis às margens da BR-116, há cinco anos e ainda faz faculdade à noite.

Enquanto Gustavo estuda engenharia de automação, Joece faz arquitetura, curso que paralisou há mais de um mês, quando eles adotaram Luís.

O sonho de Gustavo é ter uma truck center, onde poderá se dedicar a elétrica de veículos pesados. Para chegar lá, ele terá que administrar melhor o lado financeiro.

ESFIHÃO COMÉRCIO DE ALIMENTOS

Empresário: Sérgio Azevedo Dias, 55 anos

Onde fica: Comerciários, Criciúma, no Sul do Estado, a 197 km de Florianópolis.

Número de funcionários: 12.

Por que foi escolhida: a empresa possui uma boa identidade visual e bases sólidas, segundo a avaliação da consultoria do Sebrae, mas precisa fazer ajustes no processo de produção para evitar desperdícios e saber o real valor de cada produto comercializado.

O proprietário começou com uma loja de aproximadamente oito metros quadrados na mesma esquina, há sete anos, até expandir para os atuais 300 metros quadrados.

O sonho de Sérgio é viável, segundo o consultor do Sebrae/SC, desde que ele consiga saber de onde vem as principais despesas – o que inclui negociar com fornecedores para obter descontos nas compras -, reduzir os custos e melhorar o atendimento aos clientes.