Uma empresa de Joinville se uniu a uma startup do Paraná para impulsionar a reciclagem de isopor do estado. O Programa Reciclar EPS conta com mais de 300 cooperativas de recicladores e, até 2021, já reciclou mais de 44 mil toneladas do material.
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Atualmente a Termotécnica, de Joinville, é a maior produtora de embalagens e outros produtos feitos à base de EPS (o isopor que conhecemos). Na empresa, o EPS, além de virar embalagens e outros produtos, é o que faz o REPOR, uma matéria-prima criada pela Termotécnica e vendida para outras empresas fabricantes de solados de sapatos, rodapés e outros.
No entanto, a demanda pelo REPOR é maior do que a quantidade de isopor reciclado que a empresa consegue adquirir.
Já A Riqueza dos Resíduos, uma startup de Curitiba (PR), trabalha em soluções socioambientais, focadas em melhorar o processo de “logística reversa” de diversos materiais. A logística reversa é, basicamente, uma prática que fala sobre reciclar um material de forma que ele volte ao seu local de origem: a indústria
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Para resolver esse problema, a Termotécnica criou o programa Reciclar EPS, em 2007. O isopor EPS é um material 100% reciclável, e o programa tem como um dos objetivos ajudar as pessoas a perceberem e fazerem bom uso do material. A empresa criou parcerias com diversas organizações e, no Paraná, se uniu à startup A Riqueza dos Resíduos.
Como funciona o Programa Reciclar EPS
O programa Reciclar EPS é responsável pela reciclagem de 1/3 de todo o isopor disponível no mercado. Ele faz isso aplicando o processo de logística reversa durante toda a reciclagem. Mais de 300 cooperativas de recicladores já fazem parte do programa, sete delas agindo apenas na região metropolitana de Curitiba.
Os caminhões de coleta operam com um roteiro pré-definido e exclusivo com vários pontos de reciclagem e levam todo o EPS coletado para as unidades da Termotécnica em São José dos Pinhais (PR) e em Joinville.
Lá, aproximadamente 100 funcionários fazem o processo de processamento do isopor, que em seguida é transformado no REPOR e, depois vendida para outras indústrias calçadistas, de construção e até de itens para casa.
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*Sob supervisão de Lucas Paraizo.
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