Empresas catarinenses – e brasileiras, de forma geral – enfrentam o desafio de crescer e gerar renda ao oferecer produtos e serviços. Buscar novos nichos, clientes, formas de fazer a mesma coisa com maior eficiência e abrangência de mercado. Mas, quanto menor o porte, as dificuldades podem ser maiores – tributos, inadimplência, achar o público-alvo, divulgar a marca em um mundo cada vez mais digital, com tantas oportunidades e concorrência. Hoje, são poucos os microempreendedores individuais (MEIs) que conseguem evoluir até se tornar uma microempresa, ou superar o limite anual de faturamento de R$ 81 mil por ano.
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De acordo com dados do Mapa de Empresas, do Ministério da Economia, estão registradas em Florianópolis 55.470 microempresas. Em meados de 2019, eram cerca de 36 mil.
Pensando nisso, a capital catarinense vai contar com mais uma edição do maior programa de aceleração de Microempreendedores Individuais (MEIs) do Brasil, o Salto Aceleradora. O programa gratuito é realizado em parceria com o Sebrae, por meio do programa Cidade Empreendedora. A capacitação será feita de forma presencial e possui vagas limitadas. O programa ocorrerá entre os dias 25 de julho e 26 de novembro, com reuniões presenciais às segundas-feiras, das 19h às 22h.
Nos encontros semanais, os participantes vão receber mentorias e conteúdos com orientações e dicas para tratar de temáticas de empreendedorismo, gestão e crescimento de negócios. As aulas serão ministradas por profissionais, empresários e professores especialistas, com informações sobre gestão, marketing, finanças, recursos humanos, vendas, além de outros assuntos.
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Inscrições já estão abertas
O programa Salto foi criado em agosto de 2019 pela prefeitura de Florianópolis com o objetivo de fomentar a inovação e o desenvolvimento econômico dos empreendedores, movimentar a economia local, gerar novos empregos e aumentar a competitividade dos negócios.
Neste ano, as atividades serão presenciais pela primeira vez, visto que nos outros anos as atividades eram remotas por conta da pandemia. Em 2021, a turma contou com 132 MEIs impactados, sendo que 54% deles afirmaram ter percebido aumento médio de faturamento mensal. De acordo com as informações repassadas pelos MEIs ao programa, o aumento médio de faturamento foi de R$ 1.310,10. Além disso, foram criados 23 novos empregos e gerados 292 novos clientes.
As inscrições estão abertas e vão até o dia 10 de julho. O processo deve ser realizado de forma virtual por meio do link.
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Salto: Aceleradora de microempreendedores
O programa Salto Aceleradora foi criado com foco no desenvolvimento do negócio, profissional e pessoal de cada microempreendedor. Desta forma, as mentorias e capacitações visam melhorar e otimizar as atividades do negócio, com geração de maior valor agregado no oferecimento de produtos ou serviços. A meta é que, com crescimento e desenvolvimento de novas habilidades, como liderança, o MEI possa evoluir as atividades para acima do limite, se tornando uma microempresa.
A metodologia Salto é baseada em técnicas de incubadoras e aceleradoras de negócios mundiais. Com o passar dos encontros, os participantes vão adiante em algumas etapas, consideradas “os saltos”. O autodesenvolvimento do microempreendedor individual, a validação e modelagem do negócio e o desenvolvimento de um planejamento estratégico são pontos inseridos durante esses avanços.
Modelo empresarial simplificado
Como os pequenos negócios podem enfrentar mais dificuldades em ter capital de giro para realizar pagamentos e otimizar as atividades em busca de maior produtividade, foi criado um modelo simplificado, inclusive para o pagamento de impostos, que é feito de forma única ao governo federal.
O MEI foi criado com o objetivo de formalizar as atividades de quem trabalha de forma autônoma. A pessoa passa a ter um CNPJ próprio, pode emitir notas fiscais e conta também com acesso aos benefícios disponíveis na Previdência Social.
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Entre os principais requisitos para se tornar um microempreendedor individual estão o limite máximo de faturamento anual, além da quantidade de funcionários que podem ser contratados (no máximo um), e a qual atividade econômica exercida pelo profissional. Outras exigências precisam ser atendidas: o MEI não pode ter sócios no negócio, não pode ter outra empresa aberta no seu nome nem ter participação em outro empreendimento.