De antemão, a Fundação Getúlio Vargas (FGV), lançou uma lista com as profissões mais mal pagas para graduados no Brasil. A lista tem um padrão que merece atenção, quer saber mais sobre como ela foi feita e quem faz parte dela? Confira nesta reportagem.
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O que é a lista e o que diz?
Antes de irmos para a pesquisa, precisamos entender qual seu objetivo e sua metodologia. O levantamento foi feito pela FGV e busca mapear como está a remuneração dos profissionais no Brasil.
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De acordo com os pesquisadores, a lista se baseou nas 126 profissões presentes na PNAD Contínua do IBGE. Além disso, houve um recorte a mais, que filtrou os profissionais do setor privado com Ensino Superior e comparou com dados de rensdimento do segundo trimestre de 2012 com o segundo trimestre de 2023.
As 5 profissões mais mal pagas do Brasil em 2023
Agora que já sabemos no que a lista se baseia, vamos apresentar as profissões e as razões pelas quais cada uma recebe tão pouco.
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5º – Assistentes Sociais
A profissão de Assistente Social foi uma das que teve cortes na remuneração. O salário médio caiu 7% em relação a 2012. Uma das razões para esses profissionais ganharem pouco é o fato da profissão não ter um piso salarial fixo. Tanto que em 2021, foi apresentado no Congresso Nacional um projeto que estipula um piso de mais 5 mil reais para a categoria.
4º – Físicos e astrônomos
Segundo o levantamento, o salário dos físicos e astrônomos no setor privado caiu 16% desde 2012. Atualmente, os trabalhadores recebem em média R$3000 por mês. Apesar de serem conhecimentos muito específicos e com pouca mão-de-obra, o mercado na iniciativa privada fora da sala de aula tem menos demanda.
Por isso, o caminho para esses profissionais é buscar uma carreira pública ou fora do país, onde suas habilidades são mais valorizadas.
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3º – Professores de artes
Certamente essa é a profissão que teve a maior desvalorização das que estão aqui. De acordo com a FGV, o salário médio caiu 45% em uma década. Recebendo em média 2.629 reais nos dias atuais.
Algumas razões explicam essa diminuição tão grande no salário. Mas talvez a principal delas seja a mudança trazida pelo Novo Ensino Médio. A disciplina de Artes teve sua carga horária diminuida, sendo substituída por itinerários formativos. Assim, os profissionais têm opções reduzidas de onde trabalhar.
2º – Profissionais de outras áreas da educação
Assim como os professores de artes, outras áreas da educaçãio têm sofrido com diminuições substanciais na remuneração. O estudo aponta uma queda de 23% no salário do setor da educação na iniciativa privada, pagando atualmente 2554 reais.
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De acordo com a pesquisadora da FGV Janaina Feijó, em entrevista para o Uol, muitas dessas escolas privadas são pequenas e, por isso acabam tendo uma margem de aumento de salário menor para os profissionais
1º – Professores de educação infantil
Por fim, os profissionais que recebem menos no setor privado são os professores de Pré Escola e educação infantil. O setor teve um aumento, mas muito pequeno e bem abaixo da inflação, um crescimento de apenas 3%. O salário médio atual é de 2.285 reais.
Segundo Janaina Feijó, ainda para o portal Uol, isso acontece pois o professores da educação pré escolar geralmente estão no começo de carreira e não têm nenhuma especialização ou pós-graduação para constar no currículo. Algo que pesa contra na hora de barganhar um aumento.
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