Pessoas que marcaram seu nome na trajetória do basquete de Joinville lamentaram ouvir a informação de que a agremiação não faz mais parte do quadro de associados da Liga Nacional de Basquete (LNB). Havia quem já desconfiasse da possibilidade de a cidade perder a sua vaga, o que só foi oficializado nesta quarta-feira.
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Capitão da equipe durante as quatro primeiras temporadas de NBB, e atual bicampeão brasileiro pelo Flamengo, o pivô Shilton é um dos atletas que mais se identifica com a torcida joinvilense. Para o jogador, foi a má gestão do projeto que levou a equipe até este ponto.
-A tristeza é muito grande. O basquete é muito valioso na cidade. Nosso ginásio estava sempre lotado, era maravilhoso para Joinville. O pior é saber que perdeu a vaga para jogar o NBB por causa da má gestão-, lamentou o jogador.
Técnico que capitaneou o processo de ressurgimento do basquete de Joinville em 2007, Alberto Bial também lamentou a situação. Hoje no comando do Basquete Cearense, equipe que caminha para sua terceira temporada no NBB, o treinador não se mostrou otimista com o futuro do projeto.
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-O que me chateia mais é que as crianças vão perder a chance de ver o basquete. Elas perdem a oportunidade de ver um esporte bem organizado, que poderia motivá-las a praticar a modalidade. Mas a vida é assim, com altos e baixos. Quem sabe a equipe não está de volta ao NBB daqui a algum tempo-, disse Bial.
Já o técnico José Neto, comandante de Joinville na temporada de 2011/2012 e que atualmente está na Eslovênia participando da preparação da Seleção Brasileira para a disputa do Mundial, faz um apelo para que as pessoas da cidade não deixem o esporte morrer desta maneira.
-É importante que se tenha um pouco mais de carinho. Que as pessoas possam ajudar – tanto os políticos quanto os empresários – para que Joinville volte a brilhar em nível nacional e até internacional-, comentou por mensagens de celular.
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