Em 11 anos trabalhando como motoboy, Natalino Mateus, 33 anos, já sofreu três acidentes de trânsito. Em um deles, há cerca de dois anos, bateu a cabeça no chão e teve uma hemorragia seguida de coágulo no ouvido direito. Ficou três meses sem poder voltar à função.
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>> Para especialista, só o adicional não basta
Obrigado a enfrentar o trânsito de segunda à sexta-feira das 7h45min às 18h, Mateus conhece como poucos os riscos que envolvem a profissão. Coleciona casos em que os demais veículos cortaram a sua frente e classifica os caminhões como os maiores inimigos dos motoboys, quase nunca lhes cedendo espaço na pista. Mas a notícia da conquista do adicional de periculosidade foi bem recebida entre ele e os colegas de trabalho em uma loja de autopeças:
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– Para nós vai ser melhor. É um direito nosso.
Segundo o diretor da empresa, Carlos Verdana, há 43 motoboys contratados nas lojas de Blumenau e região. Ao contrário das empresas do setor alimentício, ele diz que os custos não deverão, por enquanto, impactar nos preços dos serviços, o que, segundo ele, seria inviável comercialmente. Ainda assim, Verdana afirma que, com salário maior, a exigência também irá aumentar:
– Os profissionais deverão ser mais bem qualificados. Terão de oferecer um bom trabalho ao cliente.