Professores e outros trabalhadores de Santa Catarina se reuniram na tarde desta terça-feira (30) em frente ao Centro Administrativo (CA) do Governo catarinense, na SC-401, para um ato organizado pelo sindicato da categoria. Como reflexo, a rodovia que liga o Norte da Ilha à região central registra filas nos dois sentidos.
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Segundo a Guarda Municipal de Florianópolis, há trânsito lento no sentido Norte de dois quilômetros, entre o CA e o cemitério. Já no sentido Sul, a fila é de quatro quilômetros, de Santo Antônio de Lisboa até o Centro Administrativo.
Governo de SC nega principal reivindicação de professores e vai descontar salário por greve
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação na Rede Pública de Ensino do Estado (Sinte/SC), cerca de 40% dos profissionais do magistério estão em greve. O governo, no entanto, fala em menos de 15% de adesão.
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Segundo o secretário de Administração do Estado, Vânio Boing, o Estado aumentou o valor do vale-alimentação da categoria no ano passado. Este ano, o aumento deve ser concluído e o valor diário deve passar de R$ 12 para R$ 25.
— Também estamos propensos a acatar o texto da hora-atividade, para ser implementado a partir de 2025 — pontuou.
A principal demanda da categoria é a descompactação da tabela — uma demanda que existe há 15 anos, segundo o próprio secretário. Segundo Boing, o Estado ainda estuda a descompactação, para possível implementação a longo prazo.
Ainda nesta terça deve haver uma nova conversa entre sindicato e governo do Estado. No entanto, conforme Boing, “só poderemos evoluir para uma proposta no instante que finalizar a greve”.
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A expectativa do governo é o retorno dos professores na quinta-feira (2) já pela manhã.
Greve chega ao sétimo dia
Nesta terça, trabalhadores do magistério catarinense completam sete dias de paralisação. A reivindicação do Sinte é de um novo concurso público, e valorização da carreira. Na última semana, o secretário de Administração do Estado, Vânio Boing, afirmou que até o final do ano, o governo do Estado deve realizar um concurso para 10 mil vagas. O edital deve ser publicado até junho.
Com relação à reivindicação de descompactação da tabela salarial, o secretário de Administração disse ser “absolutamente inviável”, pois custaria R$ 4,6 bilhões e violaria o teto da Lei de Responsabilidade Fiscal. Boing afirmou ainda, nesta terça-feira (30), que “certamente vai haver o desconto” nos salários dos professores que aderiram à greve.
Segundo Evandro Accadrolli, coordenador estadual do Sinte/SC, o salário dos professores está defasado desde 2021. Outra pauta é a hora-atividade para todos os trabalhadores da educação. Ele considera o ato desta terça um dos “maiores da história”.
— É importante que a sociedade, os pais e alunos compreendam que este momento é pela defesa da educação. Na rede estadual temos 520 mil estudantes que dependem de uma educação de qualidade e de um professor valorizado.
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