Para ajudar os eleitores indecisos, “AN” convidou dois intelectuais de Joinville para abrirem o voto e defenderem seus candidatos à Presidência. O embate de ideias se baseia na trajetória política e nas propostas que compõem os planos de governo de Aécio Neves e Dilma Rousseff.

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O advogado e professor do curso de direito da Univille Décio Otero declara o voto em favor de Aécio, enquanto o professor de sociologia e ciências sociais da Univille Belini Meurer é eleitor de Dilma. Na última terça-feira, os docentes participaram de um debate sobre a eleição presidencial na universidade.

Confira as posições e propostas elencadas por eles e decida o seu voto:

Décio

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O Aécio é mais experiente que a sua concorrente, já foi deputado e govenador de Minas Gerais e hoje é senador. Quando governador, sua administração foi aprovada por 92% dos mineiros. Assumiu o Estado em precária situação financeira e, em pouco tempo, com indicação de gestores competentes, medidas de gestão de impacto, dedicação, coragem e liderança, conseguiu modificar a qualidade dos serviços públicos oferecidos aos seus conterrâneos, melhorando a saúde, a educação e a segurança pública.

O Brasil não aguenta mais um governo que há 12 anos partidarizou os órgãos e empresas públicas, permitindo que a corrupção fosse a sua maior marca. A compra de apoio de deputados, conhecida por mensalão, julgado pelo STF, condenou os principais dirigentes do partido do governo. A Petrobras é alvo de desvios bilionários de dinheiro público, favorecendo os partidos que apoiam o governo.

Os governantes preferem fazer uma Copa do Mundo em vez de construir escolas e hospitais. São mínimos os investimentos em transporte e segurança. Prometem agora o que não fizeram em 12 anos. Terão competência para fazer nos próximos quatro anos? O povo brasileiro não merece sofrer tanto. Por isso, temos que votar em Aécio.

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Belini

A candidatura de Dilma Rousseff representa uma luta contra a profunda concentração de renda, uma realidade histórica no Brasil. Depois de 500 anos, com a opressão aos índios, negros e brancos pobres, as mudanças estão acontecendo a olhos vistos na sociedade brasileira e não podem parar.

Isso não se faz em cinco ou seis anos. Todos os países que encerraram sistemas injustos, diminuindo as suas desigualdades, fizeram isso durante muito mais tempo. O governo Lula iniciou uma era de transformação estrutural, sendo continuada pelo governo Dilma e precisa ser levada em frente.

Dilma pode consolidar as conquistas realizadas e implementar muitas outras, como é o caso do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida; do Bolsa-família; do Mais Médicos; do Minha Casa Melhor; do ProUni; do Ciência sem Fronteira; entre outros projetos. Esses programas tiraram milhões de brasileiros da miséria e aumentaram o acesso a uma série de coisas. Hoje, as pessoas podem viajar de avião e ingressar em universidades com mais facilidade. Além disso, mais mulheres entraram no mercado de trabalho. A recondução de Dilma ao Palácio da Planalto significa dizer não ao retrocesso e às deprimentes condições de décadas passadas.

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