Os professores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) decidiram não entrar em greve por tempo indeterminado. Os docentes filiados à Associação dos Professores da UFSC (Apufsc) participaram de votação pela internet nos últimos três dias para decidir se faziam ou não uma paralisação contra os bloqueios feitos pelo governo federal ao orçamento da universidade. A votação encerrou às 17h desta quinta-feira (19).
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Dos 1.191 professores que votaram, 787 se posicionaram contra a greve e 387 a favor. Proporcionalmente, o resultado representa que 66% dos docentes recusaram fazer a paralisação para pressionar pela liberação de recursos à UFSC. Outros 32% votaram a favor da mobilização. A votação registrou ainda 17 votos brancos.
No total, o número de professores que votaram chegou a 42% dos 2,8 mil docentes sindicalizados e aptos a votar.
O presidente da Apufsc, Carlos Alberto Marques, afirma que uma reunião do conselho da entidade será feita nesta sexta-feira (20) para avaliar o resultado da votação e definir outras medidas de mobilização.
Uma paralisação nos dias 2 e 3 de outubro, data em que servidores e estudantes organizam um ato de protesto contra a situação na UFSC, pode estar em pauta.
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— Os professores dizem que estão preocupados, mas que uma greve por tempo indeterminado, de modo isolado nacionalmente, não era uma boa forma. Talvez tenha sido o principal motivo da prevalência do não. Mas o mal-estar e a preocupação dos professores é enorme com a situação da universidade, afinal de contas, segundo dados da reitoria, se não houver desbloqueio, a universidade corre sério risco de paralisar suas atividades por completo — avalia Marques.
Os estudantes da UFSC estão em greve desde a terça-feira da última semana. Já os servidores técnicos declararam estado de greve na quinta-feira da semana passada, mas também permanecem em atividade. Na segunda-feira houve uma paralisação de um dia da categoria.
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