Professores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) rejeitaram a greve, que começaria no dia 15 de abril e poderia seguir por tempo indeterminado. Foram duas votações: a primeira na quarta-feira (3), e a segunda neste sábado (6), ambas pelo site do Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Santa Catarina (Apufsc-Sindical).

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Ao todo, 1.118 pessoas votaram, sendo 582 (52%) contra a paralisação, 512 (45,8%) a favor e 24 em branco.

Os vinculados à Apufsc-Sindical responderam a questão “Você é a favor da adesão dos professores e professoras da UFSC à greve nacional docente a partir de 15 de abril?”, aprovada em assembleia na manhã de quarta.

Como a maioria votou contra a greve, a categoria não deve aderir à paralisação.

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Em posicionamento no site, a diretoria da Apufsc-Sindical reafirmou o “compromisso de lutar ativamente para que as negociações nacionais, já agendadas para a próxima semana, tragam resultados positivos à categoria, especialmente aos mais jovens na carreira”, e reforça ainda que “reajuste zero é inaceitável e iremos sempre informar e envolver a categoria nas decisões sobre nossa pauta de reivindicação”.

Servidores técnicos-administrativos em educação (TAEs) da UFSC estão em greve desde 11 de março.

Reivindicações

Entre os motivos citados em assembleia sobre a paralisação, estão a posição contrária de professores ao reajuste zero proposto pelo governo federal, a necessidade de recomposição do orçamento das universidades e melhores condições de trabalho.

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) convocou para quarta-feira (10) a oitava reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP), que terá como pauta o prosseguimento das negociações com as entidades representativas do serviço público nacional. A reunião será realizada às 14h30, na Sala do Conselho Nacional da Previdência, em Brasília. A sétima reunião da Mesa foi no fim de fevereiro.

Já na quinta-feira (11), às 10h, na sede do Ministério da Educação, será a 1ª reunião da Mesa Setorial Permanente de Negociação do MEC. Segundo o ofício, a Mesa tem “o objetivo de organizar o debate em torno das pautas apresentadas”. A abertura imediata deste espaço foi uma solicitação do Proifes na reunião com representantes do MEC na quarta-feira, dia 3, para discussão efetiva das questões que envolvem a carreira do Magistério Superior e Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT).

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O documento ressalta que “compete à Mesa Setorial organizar o debate em torno das pautas apresentadas pelas bancadas e dar encaminhamento às tratativas coletivas de caráter específico, sem impacto orçamentário”, e que “poderá encaminhar proposta ao MGI para abertura de mesa específica ou temporária, no caso das demandas que tenham impacto orçamentário, sem prejuízo da iniciativa das entidades em apresentar suas pautas”.

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