Depois de os estudantes da UFSC decidirem entrar em greve geral na tarde desta terça-feira (10), os professores da universidade convocaram uma assembleia da categoria para a próxima segunda-feira (16). Na ocasião, vai ser debatida a situação da universidade e colocada em votação uma adesão ou não ao movimento grevista.

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A decisão dos 2,7 mil professores aptos a votar se dará por meio de voto em urna eletrônica durante três dias, entre terça (17) e quinta-feira (19) da próxima semana.

O presidente da Associação dos Professores da UFSC (Apufsc), Carlos Alberto Marques, explica que, por enquanto, a orientação aos professores é para que não penalizem os alunos, já que a defesa que eles fazem é coletiva, em favor da universidade. Na semana que vem, a tendência é de uma inclinação favorável à paralisação também dos professores, segundo o dirigente.

— A julgar pelos 200 professores que estiveram na assembleia nesta terça-feira (10), a disposição é de entrar em greve. A maioria dos professores está preocupada com a situação da universidade, seja com o orçamento atual, seja com o orçamento de 2020, que já incorpora 40% dos gastos — afirma Marques.

— A disposição dos professores é exprimir isso junto à sociedade e aos parlamentares catarinenses, de que não estamos de acordo e vamos lutar. A forma de luta é que vamos avaliar, se a melhor forma é paralisar as atividades para se comunicar com a sociedade, ou encontrar outras formas de expressar nosso descontentamento — afirma Marques.

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Além dos estudantes e dos professores, há ainda os servidores técnicos da UFSC, que têm assembleia marcada para esta quinta-feira (12). Eles devem debater os próximos passos em função dos bloqueios orçamentários da UFSC, incluindo uma possível adesão à greve.