Os professores da rede municipal de Palhoça, na Grande Florianópolis, entraram nesta quinta-feira em greve por tempo indeterminado.

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A decisão foi tomada em uma assembleia que aconteceu na última quinta-feira no município.

Os profissionais estão descontentes com a proposta da Secretaria de Educação que aprovou uma lei que estabelece o pagamento do Piso Nacional do Magistério mas diminui o valor da regência de classe de 45% para 20%.

De acordo com o presidente do sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Palhoça, Ary Donatello, a alteração causa uma defasagem grande no salário atual.

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Hoje o salário inicial de um professor, segundo o sindicato, é de R$ 1.100. Com os 45% da regência de classe o valor sobe para R$1.722. Se a lei for aplicada o salário pago neste valor diminui para R$1.485.

– Esse valor é para quem recebe o salário inicial, para o profissionais mais antigos a diferença alimenta ainda mais – diz.

A lei que diminui o valor da regência de classe foi aprovada em dezembro de 2010 e vale desde janeiro deste ano. O desconto ainda não foi repassado aos professores, que querem negociar para tentar alterar o conteúdo.

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Secretária diz que proposta será mantida

A secretária de Educação de Palhoça Jocelete Isaltina Silveira dos Santos afirma que a proposta que foi apresentada à categoria não deve ser alterada. Mas adianta que irá aguardar a manifestação do sindicato para possível conversação.

Na proposta apresentada pela Secretaria, o piso inicial de carreira para os habilitados ao magistério passou de R$ 1.100 mil para R$ 1.188. Para os habilitados com graduação, o valor apresentado é de R$ 1.485. Aos profissionais com especialização, o valor oferecido é de R$ 1.678 e, aos mestres, o valor chega a R$ 1.896. Os doutores passariam a receber R$ 2.142,70 mil e todos passariam a receber 25% sob a regência de classe. Para os ACTS, o piso passa ser de R$ 1.188 mil e R$ 1.250 para quem tem graduação.

Palhoça tem cerca de 50 unidades escolares da rede municipal, entre escolas e centros de educação infantil, que atendem aproximadamente oito mil alunos. De acordo com o sindicato, cerca de 1,1 mil professores atuam na rede municipal. Ontem, o comando de greve visitou escolas do município para cobrar adesão à greve, tendo em vista que nem todos os profissionais tinham aderido ao movimento. Algumas escolas, segundo o sindicato, paralisaram todas as atividades, em outras, a adesão foi parcial.

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