Uma professora foi assassinada a tiros na manhã desta quinta-feira (24) no bairro Tapera, em Florianópolis. Equipes da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar estão no local.

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Segundo o delegado Ênio Matos, da Delegacia de Homicídios da Capital, a vítima é uma professora, que trabalhava em uma creche do bairro. O suspeito seria o companheiro da mulher, que é procurado pela polícia.

Conforme a Prefeitura de Florianópolis, o crime ocorreu a poucos metros do local onde a professora trabalhava. Além disso, ela tinha uma medida protetiva contra suspeito, segundo o município.

A vítima foi identificada como Alessandra Abdalla, de 45 anos. Ela atuava como servidora da prefeitura desde fevereiro de 2014. Em nota, a prefeitura disse que a comunidade está em “choque’.

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O Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem) também lamentou a morte da servidora. Nas redes sociais, o sindicato disse que “trata-se de um crime cruel e estúpido que causa dor em todos nós”.

Conforme a Polícia Militar, o suspeito é um policial militar da ativa, lotado no 4° BPM, que estava com restrição do serviço operacional e que atuava em funções administrativas. Além disso, o comando alegou que não sabia que a vítima tinha pedido uma medida protetiva contra o homem. (veja a nota da PM na íntegra abaixo)

Caso ocorreu no bairro Tapera, em Florianópolis – (Foto: Catarina Duarte/NSC)

Moradores estavam em casa e contaram que ouviram barulho de helicópteros no local, por volta das 7h30, quando checaram pela janela viram a movimentação. Em um grupo de aplicativos de mensagens, a escola pediu para que os pais não enviassem os filhos, porque ocorreu uma “fatalidade”.

Já outro moradores relataram que viram o homem aguardando a vítima próximo ao ponto de ônibus.

— Ela queria ir para o colégio, para a creche. Ela queria passar e ele não deixava. Ela pegava o celular e ele atacava ela. Eu fui na padaria pegar pão e só escutei o barulho — disse um morador que não quis se identificar.

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Este é o segundo caso de feminicídio registrado na Grande Florianópolis em dois dias. Na noite desta quarta-feira (23), uma mulher foi encontrada carbonizada dentro de um apartamento. O principal suspeito é o companheiro da vítima, que ainda não foi localizado.

Veja a nota na íntegra:

“A Prefeitura de Florianópolis, por intermédio da Secretaria de Educação, comunica o falecimento da professora auxiliar Alessandra Abdalla, lotada no Núcleo de Educação Infantil Tapera. Ela foi assassinada, a tiros, pelo ex-companheiro , na manhã desta quinta-feira, quando estava a poucos metros do local do trabalho. A profissional já tinha medida protetiva contra o criminoso. A Alessandra era servidora pública desde 10 de fevereiro. de 2014. Nasceu no dia 22 de janeiro de 1977. Tinha 45 anos.

Conforme o secretário de Educação, Maurício Fernandes, a comunidade escolar, a cidade , está em choque. “Estamos abalados com um ato monstruoso como esse”.

O secretário de Educação enfatiza que o feminicídio é um tipo de “homicídio qualificado” , um crime hediondo.

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“Chega de misoginia, de repulsa e de ódio às mulheres . Os homens não são donos do corpo e da vida das mulheres”, desabafa Maurício Fernandes Pereira.

Para o secretário municipal de Segurança Pública, Araújo Gomes, trata-se de uma tragédia. “Nada justifica tirar a vida de uma pessoa”.

Confira a nota na íntegra:

Confira a nota da PM:

A Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC) através do comando do 4º BPM, de Florianópolis, atendeu nesta quinta-feira, 24, por volta das 7h30 da manhã, uma ocorrência em que uma mulher teria sido alvo de vários disparos de fogo próximo a uma creche, localizada no bairro da Tapera. Chegando ao local foi confirmado que a situação se tratava de um Feminicídio.

A mulher foi atingida com vários disparos de arma de fogo e, ao que tudo indicava, teriam sidos disparados pelo ex-companheiro. Imagens do local o identificaram. Depois de uma discussão ele disparou contra a mulher e fugiu para um destino ignorado.

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Com as imagens, foi possível a identificação do homem, um policial militar da ativa, lotado no 4º BPM, que estava com restrição do serviço operacional, realizando trabalhos administrativos.

O comando do 4º BPM esclarece que não tinha conhecimento que a mulher havia pedido uma medida protetiva contra o ex-companheiro.

As buscas pelo foragido seguem, com apoio do Batalhão de Operação Especiais (BOPE) para que o mesmo seja preso e levado à Justiça.

Esta tragédia e seu desfecho segue como prioridade do 4º BPM, e assim que houver novos encaminhamentos a PMSC divulgará nova nota.

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Nossos consternados sentimentos à família da vítima e à sociedade, diante deste episódio de profundo pesar.

Centro de Comunicação Social – PMSC
Comando do 4º BPM – Florianópolis